ATA DA NONAGÉSIMA QUARTA SESSÃO ORDINÁRIA DA QUARTA SESSÃO LEGISLATIVA
ORDINÁRIA DA DÉCIMA PRIMEIRA LEGISLATURA, EM 06.11.96.
Aos seis dias do mês de novembro do ano de mil novecentos e noventa e seis, reuniu-se na Sala de Sessões do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e quinze minutos foi realizada a segunda chamada, sendo respondida pelos Vereadores Antonio Hohlfeldt , Artur Zanella, Clovis Ilgenfritz, Décio Schauren, Dilamar Machado, Edi Morelli, Elói Guimarães, Fernando Záchia, Giovani Gregol, Guilherme Barbosa, Helena Bonumá, Henrique Fontana, Isaac Ainhorn, João Dib, João Motta, João Verle, Jocelin Azambuja, José Valdir, Lauro Hagemann, Luiz Braz, Luiz Negrinho, Maria do Rosário, Mário Fraga, Milton Zuanazzi, Nereu D’Ávila, Paulo Brum, Pedro Américo Leal, Raul Carrion e Wilton Araújo. Constatada a existência de “quórum”, o senhor Presidente declarou abertos os trabalhos. À MESA foi encaminhado: pela Vereadora Bernadete Vidal, 01 pedido de Providências; pelo Vereador Clovis Ilgenfritz, 02 Emenda nºs 04 e 05 ao Substitutivo nº 01 ao Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 07/95 (Processo nº 1013/95); pelo Vereador Reginaldo Pujol, 01 Requerimento nº 189/96 (Processo nº 2804/96). Do EXPEDIENTE constaram: Ofícios nºs 01/96, do Vereador Raul Carrion, Presidente da Comissão Externa constituída para acompanhar o problema habitacional no Parque dos Maias; nºs 1858, 1872 e 1873/96, do Deputado Federal Mendes Ribeiro Filho; Telegramas: do Senhor José Guimarães Silva; do Senhor Nelson Jobim; da Senadora Emília Fernandes: do Senhor Mauro Cunha; do Deputado Federal Mendes Ribeiro Filho, Chefe da Casa Civil do Estado/RS; do Senhor Berfran Rosado, Secretário do Trabalho, Cidadania e Assistência Social do Estado/RS; do Senhor Jorge Gerdau Johannpeter; da Deputada Maria do Carmo Bueno e do Senhor Antônio Britto, Governador do Estado/RS. Em continuidade, o Senhor Presidente deferiu o Requerimento nº 189/96 (Processo nº 2804/96), anteriormente apregoados, de autoria do Vereador Reginaldo Pujol, solicitando autorização para representar esta casa em visita ao Hospital de Caridade de Carazinho, acompanhando o Senhor Secretário Estadual da Saúde. A seguir, o Senhor Presidente informou que, nos termos do artigo 218 do Regimento, a Vereadora Maria do Rosário representará esta Casa no seminário “A Mulher Trabalhadora: Conquista e Consolidação de seu Espaço na Sociedade”, que se realizará neste dia, na sede do SINDEC. Na ocasião, o Senhor Presidente apregoou Licença para Tratamento de Saúde do Vereador Pedro Ruas, do dia cinco ao dia onze do corrente, dando posse à Suplente Letícia Arruda, informando que Sua Excelência integrará a Comissão de Urbanização, Transportes e Habitação. A seguir, foi aprovado Requerimento do Vereador Elói Guimarães, solicitando a inversão na ordem dos trabalhos passando-se de imediato ao período de GRANDE EXPEDIENTE, destinado a homenagear a Sociedade dos Amigos do Cristal - SAC, pela passagem do seu trigésimo aniversário, nos termos do Requerimento nº 167/96 (Processo nº 2567/96), de autoria do Vereador Pedro Ruas e aprovado pelo Plenário. Compuseram a Mesa: o Vereador Edi Morelli, no exercício da Presidência, o 1º Secretário da Casa, Vereador Fernando Záchia e o Senhor Rui Carlos Marques de Barcellos, Presidente da Sociedade Amigos do Cristal - SAC. Em GRANDE EXPEDIENTE, o Vereador Elói Guimarães parabenizou a entidade pelo transcurso do seu aniversário, enfatizando a sua importância para a comunidade do Bairro Cristal. O Vereador Mário Fraga parabenizou a SAC pela passagem do seu trigésimo aniversário, enfatizando a importância da união dos moradores na luta pelo desenvolvimento do bairro. O Vereador Clovis Ilgenfritz fez sua homenagem ao transcurso do aniversário da SAC, salientando a participação efetiva da entidade nas discussões do Orçamento Participativo. Em continuidade, o Senhor Presidente concedeu a palavra ao Senhor Rui Carlos Marques de Barcellos, Presidente da SAC, que agradeceu a presente homenagem e discorreu sobre aspectos da fundação, atividades e principais conquistas da entidade nestes trinta anos de existência. Às quatorze horas e cinqüenta e cinco minutos os trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às quinze horas. Na ocasião, o Senhor Presidente convocou os Senhores Vereadores para a Sessão Especial do dia treze de novembro do corrente ano, às dezenove horas, a fim de tratar do Projeto de Lei do Executivo que institui o segundo Plano Diretor do Desenvolvimento Urbano e Ambiental do Município de Porto Alegre. Em GRANDE EXPEDIENTE, o Vereador Edi Morelli teceu considerações a respeito da mudança do local da Estação Rodoviária, pretendida pela Secretaria Municipal dos Transportes, enfatizando as possíveis conseqüências que tal fato pode acarretar para a população da cidade. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Fernando Záchia manifestou sua inconformidade a respeito da publicidade que foi dada ao fato de o Departamento Municipal de Águas e Esgotos ter suspenso o fornecimento de água nas instalações do Sport Club Internacional, apesar do acordo feito entre as duas entidades. O Vereador Raul Carrion convidou os Senhores Vereadores a participarem do Ato Público intitulado “Movimento Reage Brasil”, a se realizar no dia sete de novembro do corrente ano, às dezessete horas, no Largo Glênio Peres. Ainda, manifestou o seu repúdio à realização de uma reunião da comissão pró-reeleição do Presidente Fernando Henrique Cardoso e teceu considerações a respeito da demissão do Ministro da Saúde, Senhor Adib Jatene. O Vereador Antonio Hohlfeldt fez a leitura de um documento relativo à Proposta Orçamentária para o próximo ano. O Vereador João Dib teceu críticas a determinados atos relativos à suplementação de verbas, realizados pelo Poder Executivo e considerados ilegais por Sua Excelência. O Vereador João Verle teceu considerações a respeito da Proposta Orçamentária para 1997. Em continuidade, foi aprovado Requerimento do Vereador Edi Morelli, solicitando seja feita a inversão da ordem dos trabalhos, ingressando-se de imediato na ORDEM DO DIA. A seguir, após ser encaminhado pelo Vereador João Dib, foi aprovado Requerimento de Sua Excelência solicitando alteração da ordem de votação dos Projetos constantes nesta Ordem do Dia. Em votação, após ser encaminhado à votação pelo Vereador João Dib, foi aprovado o Parecer nº 293/96, da Comissão de Constituição e Justiça. Em continuidade, foi aprovado Requerimento do Vereador Paulo Brum, adendado pelo Vereador Raul Carrion, solicitando a inversão na ordem de votação dos Projetos Constantes nesta Ordem do Dia. Em Discussão Geral e Votação, foram aprovados os Projetos de Lei do Legislativo nºs 100, 110 e 133/96. Em Discussão Geral e Votação, após ser discutido pelos Vereadores Milton Zuanazzi, Antonio Hohlfeldt, Giovani Gregol, Clovis Ilgenfritz, Jocelin Azambuja e João Dib, e encaminhando à votação pelos Vereadores João Dib e Clovis Ilgenfritz, foi aprovado o Substitutivo nº 01 ao Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 07/96, bem como as Emendas nºs 01, 02, 03 04 e 05 e Subemenda nº 01 à Emenda nº 01, considerando-se prejudicado o Projeto. Em discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 144/96. Em Discussão Geral e Votação, após ser discutido pelo Vereador Raul Carrion, foi aprovado o Projeto de lei Complementar do Legislativo nº 11/96. Em Discussão Geral e Votação esteve o Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 30/96 que, após ser discutido pelo Vereador Artur Zanella, teve a sua votação adiada por duas Sessões, a Requerimento de Sua Excelência. Na ocasião, foi deferido de plano pelo Senhor Presidente Requerimento verbal do Vereador Artur Zanellla solicitando seja feito um levantamento do número de Pedidos de Informações que não foram respondidos pelo Poder Executivo. Os trabalhos foram regimentalmente suspensos às dezessete horas e vinte e um minutos, para realização de reunião conjunta das Comissões Permanentes, sendo retomados às dezoito horas e vinte e quatro minutos. Em Discussão Geral e Votação, esteve o Projeto de lei Complementar do Executivo nº 02/96, que, juntamente com o Requerimento Verbal do Vereador João Dib, solicitando o adiamento da discussão deste Projeto por uma Sessão e Votação Nominal, deixou de ser votado face à inexistência de “quórum”. Os trabalhos presididos pelos Vereadores Isaac Ainhorn, Edi Morelli, Mário Fraga e Fernando Záchia e foram secretariados pelo Vereador Fernando Záchia. Do que eu, Fernando Záchia, 1º Secretário, determinei fosse lavrada a presente Ata que, após distribuída em avulsos e aprovada, será assinada por mim e pelo Senhor Presidente.
ERRATA
ATA DA NONAGÉSIMA QUARTA SESSÃO ORDINÁRIA DA QUARTA SESSÃO LEGISLATIVA
ORDINÁRIA DA DÉCIMA PRIMEIRA LEGISLATURA - EM 06.11.96.
- Durante a Ordem do Dia,
quando do registro da votação do Substitutivo nº 01 ao Projeto de Lei
Complementar do Legislativo nº 07/96, onde se lê “(...)e encaminhado à votação
pelos Vereadores João Dib e Clovis Ilgenfritz(...)”, leia-se “(...)e
encaminhado à votação pelos Vereadores João Dib, Clovis Ilgenfritz e Jocelin
Azambuja(...)”.
- Durante a Ordem do Dia, quando do registro referente ao Projeto de
Lei Complementar do Executivo nº 02;96, onde se lê “(...)deixou de ser votado
face à inexistência de ‘quórum’(...)”, leia-se “(...)deixou de ser votado face
á inexistência de ‘quórum’, constatada através de verificação efetuada às
dezoito horas e quarenta minutos, declarando-se encerrada a Sessão(...)”.
- Nos registros referentes à Ordem do Dia, devem ser alterados os seguintes números de Projetos de Lei:
onde se lê “(...)Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 07/96(...)”,
leia-se “(...)Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 07/95(...)”; onde
se lê “(...)Projeto de lei do Legislativo nº 144/96(...)”, leia-se
“(...)Projeto de Lei do Legislativo nº 144/94(...)”; onde se lê “(...)Projeto
de Lei Complementar do Legislativo nº 30/96(...)”, leia-se Projeto de Lei
Complementar do Legislativo nº
30/95(...)”.
O SR. PRESIDENTE (Edi
Morelli): Sobre
a mesa requerimento de autoria do Ver. Reginaldo Pujol, solicitando autorização
para representar esta Casa em visita ao Hospital de Caridade de Carazinho,
acompanhado do Secretário Estadual de Saúde. Sem ônus para esta Casa, e foi
autorizado pelo Presidente.
(Lê convite da Central autônoma de Trabalhadores.)
“Porto Alegre, 29 de outubro de 1996.
CONVITE
Ilmo Sr.:
Issac Ainhorn
MD Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre- RS
A CAT, dentro de sua estratégia de consolidação das atividades enquanto
Central Sindical, está buscando uma aproximação com todas as entidades
sindicais que acreditam e apostam numa
alternativa sindical para o Brasil, mediante um Movimento de Trabalhadores que
seja pautado num verdadeiro Sindicalismo de Valores.
Dentre as muitas ações, especialmente Sindicalismo na área da formação,
a CAT está promovendo um seminário regional:
‘A MULHER TRABALHADORA: CONQUISTA E CONSOLIDAÇÃO DE SEU ESPAÇO NA SOCIEDADE’
Será um evento que contará com a presença de mulheres que exercem
liderança dentro de entidades sindicais do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e
Paraná.
Estamos convidando V. Sra. ou seu representante, para a solenidade de
abertura do evento que terá lugar no SINDEC, à rua General Vitorino, 113/7º
Andar - Centro de Porto Alegre/RS, às 14:00 horas do dia 06 de
novembro(quarta-feira), de 1996.
Sendo o que se apresenta para o momento.
Atenciosamente.
Dionete Garcia - Coordenação Geral do Evento”
Requerimento do Ver. Pedro Ruas solicitando, com base no art. 218, inc.
I, Licença para Tratamento de Saúde por sete dias a contar de 05 de novembro.
(Obs.: Foi aprovado o Requerimento de licença do Ver. Pedro Ruas, e
dada a posse ao Suplente, conforme consta da Ata.)
Nos termos do artigo 218 do Regimento Interno, a
Vera. Maria do Rosário representará externamente a Câmara Municipal, no
Seminário “ A mulher Trabalhadora : Conquista e Consolidação de seu espaço na
Sociedade”.
O SR. ELÓI GUIMARÃES
(Requerimento): Hoje o Grande Expediente está destinado a homenagear a Sociedade Amigos
do Cristal - SAC.
Considerando a presença da diretoria e de moradores, requeiro a V.Exa.
que submeta ao Plenário a inversão na ordem dos trabalhos para que se preste
essa homenagem à Associação de imediato.
O SR. PRESIDENTE: Vamos colocar em votação o
Requerimento do Ver. Elói Guimarães. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
Passamos ao período de
GRANDE EXPEDIENTE
Convidamos o Sr. Rui Carlos Marques de Barcellos, Presidente da
Sociedade Amigos do Cristal para compor a Mesa na homenagem que será feita a
essa entidade, pela passagem de seu trigésimo aniversário.
O Ver. Elói Guimarães está com a palavra.
O SR. ELÓI GUIMARÃES: Sr. Presidente e Srs.
Vereadores, Sr. Presidente da SAC e nosso amigo, Prof. Rui Carlos Marques de
Barcellos, ex-presidente, presentes dirigentes, pessoas da comunidade,
moradores do Bairro Cristal. Quando vinha para tribuna, sinalizavam-se os
Vereadores Lauro Hagemann e João Dib para que também em nome deles prestasse
aqui a homenagem à Sociedade dos Amigos do Cristal.
Devo dizer, Presidente e dirigentes, que o Requerimento, para esta
homenagem foi feita pelo Ver. Pedro Ruas, que pede que eu o represente em face
ter compromisso, problemas de saúde, cujo Requerimento já foi apregoado e
aprovado pela Casa.
Então faço esta homenagem em nome dos Partidos já mencionados, e em
nome do Ver. Pedro Ruas, para dizer, meu caro Rui os demais presentes e
moradores, da importância de uma Associação, de uma Sociedade como esta que
homenageamos hoje, que neste mês de outubro comemora 30 anos de atividades
voltadas, vinculadas a este espaço do território da Cidade de Porto Alegre, que é antiga Vila Cristal,
hoje Bairro Cristal. Um bairro extremamente conhecido, extremamente laborioso
pelo contingente de pessoas que ali residem.
A Sociedade dos Amigos do Cristal tem tido um papel extremamente
importante, fundamental, preponderante no desenvolvimento de toda aquela comunidade, porque Porto
Alegre, nossa querida Cidade, se faz
desses segmentos urbanos, dessas comunidades.
Então, temos a comunidade do Cristal, do Menino Deus, Ipanema, que são
comunidades que se agregam em torno, via de regra de uma associação, de uma
sociedade, que busca através desta reunião de esforços, de dedicação, a
pleitear a postular pelos interesses dessas comunidades. Então, as informações
nos têm demonstrado - e temos observado ao longo do tempo - a permanente luta,
a dedicação que os moradores daquela comunidade fazem em busca da resolução dos
seus problemas. Porque é bom que se diga, nós que temos larga vivência no meio
comunitário, que as associações comunitárias são importantes para o
desenvolvimento da Cidade, através não só das reuniões, das reivindicações que
fazem. Não fora o papel significativo dessas associações - e estou falando a
líderes comunitários, lá, também, o Clube de Mães - não fora esse papel ativo
que exercem as associações, Porto
Alegre ainda continuaria a dever um conjunto imenso de obras e realizações.
Mas, a presença das Associações, a presença da Sociedade Amigos do Cristal, tem
feito com que muitos dos problemas fossem e sejam levados ao Administrador para
que ele adote as medidas necessárias e imprescindíveis a uma melhor qualidade
de vida dessas comunidades.
É muito grato, é muito confortante, é muito bom para esta Casa datas
como esta, momentos como este em que vem aqui a sociedade organizada, vêm aqui
as associações - está aqui a Sociedade dos Amigos do Cristal - com a presença
de seus dirigentes, dos seus moradores e junto com a representação legítima da
Cidade, que é a Câmara Municipal, para que confraternizemos, Rui, neste momento
importante, fundamental.
As associações são organismos que se formam quase que espontaneamente,
nascem da necessidade que têm as comunidades de se organizar e fazer os pleitos
referentes às necessidades daquelas áreas.
Enumerar aqui toda a luta, toda a história de realizações da Associação
seria ficarmos minutos, horas a falar para os senhores. Hoje, a SAC - Sociedade
Amigos do Cristal, detém um cabedal muito grande de realizações na busca do
desenvolvimento de Porto Alegre. Então, Presidente Rui, receba V.Sa., os seus
companheiros moradores do Cristal, toda a homenagem desta Casa, porque neste
dia, estamos agradecendo a todos os senhores, a todos os dirigentes, que
durante longos anos prestaram o seu esforço, a sua dedicação. Vejam bem o que realizam
as lideranças comunitárias, o que realizam as associações, elas não são
remuneradas, sequer têm, os dirigentes, ajuda para pagar a passagem para se
deslocar para audiências.
A Sociedade Amigos do Cristal desempenha e continuará desempenhando um
brilhante papel para o desenvolvimento da nossa Cidade e para a qualidade de
vida da nossa Cidade.
Eu agradeço, Sr. Presidente, e mais uma vez, deixo aqui as nossas
homenagens em nome do Ver. Pedro Ruas que foi o requerente. Muito obrigado.
(Palmas.)
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: A Mesa observa que o Ver.
Mário Fraga pretende manifestar-se sobre o tema proposto. Tendo o assentimento
do Ver. Fernando Záchia, há a cedência do tempo deste Vereador ao Ver. Mário
Fraga para que se manifeste, nesta oportunidade.
O SR. MÁRIO FRAGA: Sr. Presidente, Srs.
Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Falo também em
nome do Ver. Luís Fernando Záchia, que cedeu seu tempo, para prestar uma
homenagem ao 30º aniversário da SAC - também falo em nome do Ver. Raul Carrion.
É muito importante uma associação chegar aos 30 anos. É para nós uma satisfação
ter o presidente da SAC presente neste momento, o professor Rui, a quem eu
prezo muito e tenho certeza de que a recíproca é verdadeira.
Quero dizer que é muito importante uma sociedade completar 30 anos, uma
sociedade atuante como é a SAC. Quero deixar aqui, nessas poucas palavras, uma
marca para vocês continuarem lutando, sei que lutam, mas é muito importante
neste momento com a Administração Popular, com o Orçamento Participativo. Se
não estivermos unidos, nossas comunidades não conseguirão nada para elas.
Infelizmente para uns ou felizmente para outros, há Orçamento Participativo e
sem participarmos não chegaremos a lugar algum. Tenho lutado muito nas
comunidades que freqüento, e o Cristal é uma, e bem assiduamente. É lógico que
freqüento muito mais a comunidade de Belém Novo, que não é tão unida como a do
Cristal, mas precisamos incutir no pensamento das pessoas das comunidades que
há a necessidade de participarmos de todas as reuniões que sejam feitas, pois
sem a participação nós não chegaremos lá.
Quero deixar, Prof. Rui, um abraço fraterno, com muito carinho para
vocês todos da Sociedade Amigos do Cristal a quem eu prezo muito. Felicidades.
Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: O Ver. Clovis Ilgenfritz
está com a palavra.
O SR. CLOVIS ILGENFRITZ (Saúda os componentes da
Mesa.) Nós também queremo-nos dirigir aos ex-presidentes da sociedade, aos
clubes de mães, aos sócios que estão participando e aos que não puderam participar. Essa proposta do Ver. Pedro
Ruas vem em boa hora e teve o apoio unânime desta Casa, e foram muito bem
colocadas as palavras dos Vereadores Elói Guimarães e Mário Fraga, que conhecem
o trabalho dessa Sociedade, que tem uma tradição de trinta anos. Isso não é
pouco num País no qual as dificuldades são enormes para se organizar o trabalho
coletivo da população.
Falo em nome da Bancada do Partido dos Trabalhadores. Não poderíamos
deixar de manifestar a nossa posição. Não podemos deixar de nos manifestar não
só pelo Bairro Cristal, mas pela Cidade de Porto Alegre. É importante salientar
que algumas associações, sociedades da cidade, - não só aquelas que estão numa
situação periférica e necessitadas -, têm sido parceiras permanentes do ponto
de vista de colaboração, para corrigir erros de percurso na questão do
Orçamento Participativo. Essa Associação participa do Orçamento Participativo
convicta de que é importante e de que é
uma conquista da população e não de uma administração. Trata-se de ver a forma
como vamos resolver problemas fundamentais da
nossa Cidade com a participação
da comunidade. Nessa caso, o Orçamento Participativo é apenas uma peça do
processo. Quando Secretário do Planejamento, em 1989, tive a honra de iniciar esse processo como Coordenador, num
primeiro momento, da discussão do Orçamento Participativo. Mas sempre quis e
continuo querendo que haja uma discussão do planejamento, e hoje vemos com
satisfação que isto começou: o planejamento estratégico, global, integrado, do
desenvolvimento da Cidade, que começa a ser discutido pelas comunidades - que
não apenas se reúnem para reivindicar, para dizer quais são as suas
prioridades, mas, sim, para dizer o que achavam que deva ser feito, a médio e
longo prazo para a vida da Cidade. Defendemos essa idéia e temos parceria, sem
perguntar de que Partido ou associação religiosa são. Não tem isso. Se, às
vezes, as confusões se estabelecem são passageiras, são pontuais, mas na
verdade o que estamos pregando é um processo de democratização do Poder
Público. E, nesse partido, a SAC está de parabéns, porque faz 30 anos com muita
maturidade, com muita participação e com muita cidadania o que é, enfim, aquilo
que todos desejamos para tirar o Brasil da situação em que se encontra. Se a
cidadania que a SAC está assumindo se espalhar pelo Rio Grande, pelo Brasil,
vamos acertar o passo deste. Senão iremos continuar com processos episódicos em
ilhas, como a da SAC.
Então, o nosso abraço, felicidades e contem conosco, critiquem-nos,
digam-nos o que quiserem, porque vamo-nos unir neste processo. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Com a palavra o
representante da homenageada, o seu Presidente, Sr. Rui Barcellos.
O SR. RUI BARCELLOS: Sr. Presidente e Srs.
Vereadores, (Saúda os componentes da Mesa.) É com grande satisfação que ocupo a
tribuna para falar sobre a SAC, cujo lema é “Tradição e luta comunitária”. Os
Vereadores que aqui falaram deixaram muito clara a posição da SAC. Neste país que não tem história, a SAC
representa um marco, pois associações de moradores existem muitas, atuantes são
poucas; sem falsa modéstia, asseguro que a SAC é muito atuante na Cidade de
Porto Alegre.
No dia 30 de outubro de 1966, dezenove moradores do bairro Cristal,
reuniram-se na residência do Sr. Manuel Fernandes Martins, na rua Upamaroti, nº
957, com a finalidade de discutirem e
deliberarem sobre a fundação de uma associação de moradores do referido
bairro, tendo como principal objetivo a defesa, junto ao poder público, dos
interesses de seus moradores. Nascia, desse encontro, a Sociedade de Amigos do
Cristal, a qual completa, no corrente mês, 30 anos de tradição e luta
comunitária. A esses moradores que se reuniram presto a minha homenagem.
Dessa data em diante lutas foram empreendidas, não se pode enumerar as
conquistas, mas eu me atrevo a enumerar algumas. A primeira foi a ampliação da
rede elétrica: há trinta anos o Bairro Cristal não tinha rede elétrica;
posteriormente, arborização das ruas, calçamentos das ruas, saneamento básico,
implantação e extensão de linhas de ônibus, colocação de abrigos nas paradas, implantação de
sinaleiras, criação da Escola de 2º Grau Elpídio Ferreira Paes, novo prédio
para a Escola Fernando Ferrari. Quem não se lembra da luta da construção da
Escola Especial Eliseu Paglioli? Aquela escola especial em que a SAC teve que
intervir, não contra os moradores, mas contra algumas pessoas. Fui o primeiro
Diretor daquela escola por indicação da SAC, dizendo ao Prefeito da época que
nós acompanhamos todo aquele trabalho e, na verdade, fomos designados em função
da SAC. A sedimentação da SAC aconteceu através da Portaria 26, da Prefeitura
Municipal de Porto Alegre, datada de 07 de outubro de 1976, quando foi dada a
permissão de uso do próprio municipal na Rua Curupaiti, 925. Eu presto uma
homenagem ao Ver. João Dib, a quem dedico um grande carinho e que foi o grande
interlocutor na época, para a SAC conseguir sedimentar. Ver. João Dib, a nossa
homenagem, o seu nome é lembrado, diariamente, na SAC, pela sua luta em favor
da permissão de uso daquela área destinada para parque, para área verde de
Porto Alegre. O nosso muito obrigado. (Palmas.) Após amplos debates os
moradores chegaram a uma conclusão: tínhamos que fazer uma sede. E, democraticamente,
se chegou à conclusão que tinha de ser um galpão crioulo, não pelas tradições
gaúchas, mas, sim porque o custo era barato, a costaneira era barata e seria
muito mais fácil para nós construirmos. E, assim, a SAC ergueu aquele centro
comunitário que hoje é um verdadeiro referencial das sociedades comunitárias do
Rio Grande do Sul. A SAC foi conhecida como modelo de atuação comunitária. Em
maio de 1990 a Diretoria da SAC, dando início a entendimentos com o Clube de
Mães do Cristal - aqui presente a sua Presidente, Sra. Madalena e demais
integrantes do Clube de Mães, a nossa homenagem - permitiu a construção do
Clube de Mães naquele terreno e, hoje, Clube de Mães e SAC são uma integração
dentro do Bairro, mostrando que duas entidades podem conviver, fraternalmente,
no mesmo terreno. Cabe ressaltar que, além das atividades comunitárias,
ecológicas, culturais, sociais esportivas, beneficentes, a SAC acolhe
todas as segundas- feiras o Orçamento
Participativo, polêmico, é verdade, mas ela o colhe ali e nossa homenagem ao
Coordenador do Orçamento Participativo aqui presente da região Cristal, lá são
feitos amplos debates. E o Ver. Clovis Ilgenfritz diz, com propriedade,
discordamos, mas discordamos na certeza de que estamos contribuindo. Eu costumo
dizer que, quando se homenageia uma sociedade como a do Cristal, a gente não
deve esquecer que, na verdade, a SAC atua em toda a Zona Sul, porque o bairro,
na verdade, é limítrofe, o Bairro Cristal se separa da Cavalhada por um riacho
e eu confesso a todos que moro na Cavalhada por um detalhe geográfico, um
riacho passa exatamente me separando do
Cristal. Então, como eu, Presidente da SAC, morador da Cavalhada, vou lutar
apenas pelo Cristal? Não, temos que lutar por toda a região, e por toda a Porto Alegre. Se o Bairro Cristal é hoje
um local de franco progresso, nós temos que prestar uma homenagem àquelas
pessoas que no passado nos ajudaram, e eu presto uma homenagem a todos os
ex-presidentes. Fazer citação dos presentes será fácil: Genuíno, Lauro Rosner, Luis
Fernando. Para finalizar, gostaria de dizer que o Cristal já foi definido como
um Bairro-ilha cercado por um cinturão
de miséria, ou seja, envolvido por vilas populares por todos os lados. Mas, ao
contrário do que muitos pensam, não é um problema de polícia, por estar cercado
por vilas populares e sim, um problema de preocupação comunitária. Nesses 30
anos a SAC sempre esteve ao lado, ou melhor, junto às lutas desse segmento da
população quase sempre esquecido. Quando digo esquecido pelas administrações,
quero dizer que é no conjunto geral, porque na verdade, o poder de pressão da
classe média e alta é muito maior do que o das pessoas de classe humilde, então
nós conseguimos mais conquistas. Para encerrar, Sr. Presidente, tomo a
liberdade de prestar uma homenagem muito especial: em duas solenidade na SAC,
por um ato falho desta Presidência, uma pessoa que faço questão de dizer o nome
completo, nós omitimos, mas hoje, presto a minha homenagem ao
Diretor-Financeiro da SAC, José Ferreira, aquela pessoa que conduz as finanças
de uma sociedade, não só pela honestidade, pois ser honesto é obrigação, mas,
principalmente, Ferreirinha, quando me convidaram para voltar a ser Presidente
da SAC, eu disse que só aceitaria com a presença do Ferreira, porque ele sabe administrar,
trabalhar junto à comunidade, fazendo campanhas e, principalmente,
conscientizando que R$ 1,00 para uma sociedade comunitária é muito dinheiro.
Muito obrigado. (Palmas.)
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Srs. Vereadores, esta Casa,
esta Presidência, antes de encerrar esta primeira etapa de homenagem aos 30
anos da Sociedade dos Amigos do Cristal, Presidente Rui Barcellos, sente-se
honrada em recebê-lo como os demais colegas de Diretoria, que aqui se fazem
presentes, ex-presidentes desta instituição, que revela a pujança do movimento
comunitário na nossa Cidade e a SAC é
uma destas expressões. Esta casa, quando
presta homenagem aos 30 anos, através de todos os Partidos, rende o
reconhecimento à ação do movimento comunitário, à ação, que, no curso destes
anos, vem desenvolvendo a Sociedade Amigos do Cristal, através dos seus
ex-presidentes, das suas ex-Diretorias e, também, da Presidência da Entidade,
neste momento presidida por V. Sa.. Por isso houve a acolhida unânime.
Neste sentido, quero formular, nesta propriedade, um convite ao
Presidente e a todos os Senhores que estão aqui presentes, para que se integrem
à Câmara na discussão e no debate do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano da
Cidade de Porto Alegre. As Associações Comunitárias, as Associações de Bairro
devem ter uma participação muito grande no processo desta discussão, porque a
vida das pessoas do Bairro Cristal e de todos os Bairros da Cidade de Porto Alegre está diretamente ligada à
questão dos índices construtivos e todas as questões que envolvem um Plano Diretor. E eu não tenho conhecimento se V.
Sas. já foram ouvidas sobre esta matéria ou não. Então, a Câmara convida para que os Senhores estejam
presentes, no dia 13 de novembro, às 19 horas, quando esta Casa dará início a
um amplo debate público sobre Plano Diretor. Nós, Vereadores da Cidade de Porto Alegre, queremos dar este
passo e esta contribuição decisiva para o desenvolvimento da nossa Cidade.
Então, os Senhores já estão convidados para o dia 13 de novembro, às 19 horas,
para este importante encontro, aqui, na Câmara Municipal.
Nós suspendemos os trabalhos para as despedidas.
(Os trabalhos foram suspensos
às 14h55min.)
O SR. PRESIDENTE (Isaac
Ainhorn - às 15h): Estão reabertos os trabalhos.
Comunico que esta Presidência, em conformidade com o parágrafo único do
art. 191, em combinação com o inciso III do mesmo dispositivo do Regimento de
comum acordo com as Lideranças desta Casa, convoca Sessão Especial para tratar
do Projeto de Lei do Executivo que institui o Segundo Plano Diretor do
Desenvolvimento Urbano e Ambiental do Município de Porto Alegre no dia 13 de
novembro de 1996, às 19 horas, oportunidade em que haverá manifestações sobre o
projeto interno. Estarão sendo convidadas todas as entidades da sociedade civil
interessadas na matéria e associações ligadas ao movimento comunitário de
bairros e vilas de nossa Cidade.
O Ver. Edi Morelli está com a palavra, em Grande Expediente.
O SR. EDI MORELLI: Sr. Presidente, Srs. Vereadores,
Senhores e Senhoras. Informo aos presentes que o Projeto de suplementação dos recursos para o extra classe das
entidades conveniadas com a FESC, que são 40, só foi apregoado nesta Casa no
dia 28.10.96. A informação que os senhores e senhoras têm de que não foi
aprovado ainda esse Projeto por culpa desta Casa, não é verdadeira. Foi
apregoada nesta Casa no dia 28 de outubro, e há poucos minutos o Ver. Elói
Guimarães recebeu o Processo para dar o
Parecer, e o está elaborando neste exato momento. Posso informar, com
autorização do Ver. Elói Guimarães, que o
Parecer é favorável. Logo, fica claro que não é culpa desta Casa Legislativa e sim por culpa do Executivo que
este Projeto ainda não foi aprovado.
Dito isso, falo nas mudanças que a SMT quer fazer na Estação Rodoviária de Porto Alegre. Os técnicos
ainda não se deram conta de que a mudança da Estação Rodoviária para a Zona
Norte vai criar uma série de problemas para apenas colocar os terminais lá no
prédio da Estação Rodoviária. O pessoal da Zona Sul tem que tomar duas
conduções para ir até a Rodoviária ou tem que caminhar com as sacolas da
Salgado Filho até a Rodoviária, porque não tem ônibus que passe na Estação
Rodoviária. Os técnicos da SMT acharam por bem retirar os ônibus que passavam
por ali. O que acontece com a Estação Rodoviária saindo do local onde está,
Ver. Dilamar Machado? Vai onerar o bolso do passageiro porque para ele se
deslocar seja da Zona Norte, seja do
Humaitá, vai ter que tomar duas conduções. Se a direção da Estação Rodoviária já
descentralizou a venda de passagens colocando vários postos espalhados pela
cidade, na Tristeza, Cidade Baixa, na Protásio
Alves - em Canoas parece que também tem uma central - descentralizou
para quê? Para que diminua o custo da passagem para o usuário e agora a SMT
quer aumentar esse custo, tendo as pessoas que tomar duas conduções para chegar
à Estação Rodoviária. Portanto, esse assunto é discutível e entrará no próximo
ano, e V.Exas., Ver. Elói Guimarães e Ver. Pedro Américo Leal, estarão aqui
para discutir o assunto. Há uma série de segmentos da sociedade que serão
prejudicados para satisfazer apenas - repito - a intenção dos técnicos e
burocratas da SMT de retirarem os
terminais de ônibus do centro de Porto Alegre e transferi-los para o atual prédio da Estação Rodoviária.
O Sr. Elói Guimarães: V. Exa. permite um aparte?
(Assentimento do orador.) Ver. Edi Morelli, acompanho atentamente a judiciosa
análise de V.Exa. sobre essa matéria
que já venho discutindo talvez menos nesta Casa e mais nos meios de
comunicação. Haveremos de debater largamente esse assunto da Estação
Rodoviária, que é um assunto de grande complexidade. Parece-me que a visão que
se tem da matéria tem um certo vesgo que o debate haverá de corrigir, já que
devemos levar em consideração uma série de fatores inclusive externos à Cidade
de Porto Alegre, que são nossos irmãos que vêm do interior e não podem ser
jogados a muita distância do Centro da Cidade. É um debate que deveremos travar
nesta casa.
Agradeço a alusão carinhosa que V.Exa. faz ao meu nome.
O SR. EDI MORELLI: V.Exa. merece, senão, não o
citaria. Até este momento do meu discurso, abordei o prejuízo do passageiro
desta Cidade, mas ainda não havia abordado, Ver. Elói Guimarães, o problema da
pessoa que vem do interior do Estado, que muitas vezes não conhece Porto Alegre. Chegando
praticamente aqui no Centro de Porto Alegre, é uma coisa, agora, chegar lá, na
Zona Norte, deslocar-se até o Centro, e de lá, para o destino dessa pessoa, vai
criar um problema muito grande. É, realmente, uma matéria que deverá ser
amplamente discutida nesta Casa para que esta Casa não ajude a cometer mais um
crime contra a população de Porto Alegre, dentre muitos outros que a Administração Popular já cometeu -
esse seria mais um - prejudicando uma imensidade de pessoas para atender apenas
o ego de alguns burocratas da SMT, que colocaram a sinalização, na Av. do
Trabalhador, de 30 quilômetros por hora como velocidade máxima permitida. Só na cabeça dos técnicos
da SMT que um veículo, um ônibus, vai andar a 30 quilômetros por hora. Muito
obrigado.
(Não revisto pelo orador)
O SR. PRESIDENTE (Mário
Fraga): Encerramos
o período de Grande Expediente.
O SR. EDI MORELLI
(Requerimento): Como não entramos ainda em Pauta, o meu Requerimento é no sentido de
que entremos de imediato na Ordem do Dia.
O SR. PRESIDENTE: Em votação o Requerimento do
Ver. Edi Morelli. Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados (Pausa.)
APROVADO.
Antes porém o Ver. Fernando Záchia está com a palavra para uma
Comunicação de Liderança.
O SR. FERNANDO ZÁCHIA: Sr. Presidente, Srs.
Vereadores, venho a esta tribuna, Ver. Antonio Hohlfeldt, para falar de um fato
acontecido domingo, extremamente constrangedor para o Internacional, Ver. João
Motta, provocado pela Prefeitura Municipal. Ver. Paulo Brum, grande parte da
comunidade porto-alegrense, das empresas, das entidades passam por dificuldades
financeiras, e essas entidades têm, via de regra, negociado com o DMAE. Com o
Internacional não foi diferente.
O Internacional e a sociedade porto-alegrense têm que se preocupar é
com a maneira como o DMAE deu publicidade ao fato.
O Internacional e o DMAE fizeram um acordo; o Internacional não cumpriu
uma das parcelas do parcelamento, a 3ª ou a 4ª. Até então vinha cumprindo as
primeiras. Encaminhado pelo DMAE para o
Judiciário, o Internacional deu bens à penhora. Estranhamente, desapareceu do
Processo, na véspera, o ato jurídico onde o Internacional dava um valor seis
vezes maior do que a dívida com o DMAE como garantia de penhora. E foi solicitado
pelo DMAE que fosse penhorada parte da renda.
Segunda-feira votávamos, aqui na Casa, o regime de urgência para uma
suplementação de publicidade. Eu até discutia, entendo que, às vezes, é
necessário que se tenha verba para
publicidade, desde que seja necessário para as oficiais. Mas, fiquei pensando
na força que tem a Administração Popular com os órgãos de imprensa, porque no
Beira-Rio, quando chegou o funcionário do DMAE, juntamente com o oficial de
justiça, já estava lá toda a imprensa, que não é esportiva - porque em dias de
jogos só comparece aos estádios a imprensa esportiva. Estava a Televisão
Gaúcha, o Televisão Bandeirante e as duas principais rádios de Porto Alegre no
setor de jornalismo geral. É estranho, extremamente estranho, num domingo de
futebol, que o jornalismo geral esteja lá, no Estádio Beira Rio, acompanhado
pelo representante do DMAE junto com o oficial de justiça. Quando existe um
litígio na Justiça - quem está falando aqui não é um advogado - compete somente
às partes, ao Internacional e ao DMAE. Quando as partes cumprem os ritos
normais do Judiciário, parece-me que é ético não dar publicidade. A questão - e
aí eu quero transpor para aquela análise que fazíamos na segunda-feira - é:
será que precisa suplementação de verbas para publicidade? No momento em que o
DMAE está cobrando de uma entidade que é uma das grandes e tradicionais
entidades do Estado, sabendo que mais cedo ou mais tarde recebe, sabendo que
está penhorando um bem como garantia da dívida, será que precisa fazer publicidade,
precisa levar a publicidade ao Estádio Beira-Rio? Foi essa a pergunta que eu me
fiz a partir de terça-feira. Precisa de verba suplementar se existe o esquema,
se tem acesso ou facilidade, junto aos órgãos de imprensa, para fazer isso,
para criar um constrangimento público de uma entidade que é séria, uma entidade
que é tradicional no Estado? Existe uma tradição de pessoas lá, de noventa
anos. É uma palavra que não será dita por mim, foi dita, pois eu ouvi através
do rádio, por um vice-presidente jurídico do Internacional. Ele dizia: “Isso é
molecagem”. Eu não quero usar esse termo, pois o considero forte, agora, como
ex-dirigente compreendi. O dirigente, passando pelas dificuldades por que passa
o clube, passar por alguém que é extremamente irresponsável, porém ocupa um
cargo em uma empresa do Município. Acho que esta reflexão, obrigatoriamente,
temos que fazer. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: O Ver. Raul Carrion está com
a palavra, em tempo de Liderança.
O SR. RAUL CARRION: Sr. Presidente, Srs.
Vereadores, a Bancada do PC do B usa tempo de Liderança, em primeiro lugar para
convidar todos os demais Vereadores desta Casa para o ato que se realiza na
tarde de amanhã, a partir das 17 horas no Largo Glênio Peres intitulado “Reage
Brasil”. Um ato convocado pelo Movimento Sindical Gaúcho para repudiar o ataque
verdadeiramente insano que está sendo realizado contra o funcionalismo deste
país.
Através de um pacote “imperial”, Sr. Fernando Henrique Cardoso -
enquanto essas questões estavam sendo discutidas no Congresso - ignorou
totalmente o Congresso e, através de uma medida provisória (que nos faz lembrar
os antigos decretos-lei do regime militar), lançou um pacote contra o
funcionalismo. É também, um ato público contra as medidas que o Governo vem
desenvolvendo no terreno da previdência social e contra o fim da estabilidade,
que é apresentada como um privilégio dos servidores e não, como todos nós
sabemos, como um privilégio da sociedade, para que não haja a manipulação do funcionalismo
pelos governantes de turno. Em segundo lugar, queremos, em nome da Bancada do
PC do B, marcar no dia de hoje, na tarde de hoje, o repudio do PC do B à
primeira reunião da Comissão Pró-reeleição de Fernando Henrique Cardoso, que
ocorre hoje às 15h30min sob à direção, lamentavelmente, de um gaúcho: o
Deputado Odacir Klein. Deputado que em outras épocas foi um representante do
setor combativo e progressista do PMDB. Mas parece que não é o único; parece
que Fernando Henrique Cardoso também ostentava, na sua biografia, uma passagem
pelo campo das forças progressistas. Sob a direção deste Deputado, que
envergonha o seu passado, reúne-se hoje à tarde, pela primeira vez, essa
comissão para maquinar uma emenda de reeleição de Fernando Henrique Cardoso. Nós
temos que ter claro: não é a reeleição de Fernando Henrique Cardoso, é a
reeleição do projeto neoliberal, que está em curso. Fernando Henrique Cardoso é
o melhor instrumento que essas elites encontraram para dar continuidade a esse
projeto que está liquidando com a nação brasileira. Em terceiro lugar, a
Bancada do PC do B aproveita o Tempo de Liderança para analisar a demissão do
Ministro da Saúde, Adib Jatene, por pressão do Ministério da Fazenda. Não
queremos nós, do PC do B, defender o ex-ministro Jatene, porque consideramos
que ele não levou adiante uma política de saúde como o Brasil necessita; mas o
que é sintomático é que o afastamento do ex-ministro Jatene significa uma
tomada de posição do governo Fernando Henrique Cardoso de total descaso com a saúde.
A própria imprensa coloca que uma das reivindicações de Adib Jatene - e
essa nós apoiamos - era de que 3
bilhões de dólares ainda disponíveis do chamado Fundo de Estabilização Fiscal -
aquele que foi criado, segundo eles, para recolher verbas para aplicar em
saúde, educação, habitação - fossem repassados para a saúde, que hoje está
falida no Brasil. E o governo negou-se a fazer isso.
É importante dizer que essa demissão significa que mais um dos dedos do
Sr. Fernando Henrique Cardoso - um deles era saúde - foi atorado. Acho que não
sobrou nenhum. Falavam, naquela eleição memorável, que a um dos candidatos
faltava um dedo e o outro tinha cinco dedos. Agora naquele que tinha cinco
dedos não deve ter sobrado nenhum. Muito obrigado.
(Revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: O Ver. Antonio Hohlfeldt
está com a palavra, em tempo de Liderança.
O SR. ANTONIO HOHLFELDT: Sr. Presidente, Srs.
Vereadores, saltando da longínqua Brasília para a imediata Porto Alegre, começo
hoje a fazer a leitura do documento que a equipe do Ver. Fernando Záchia e a
minha desenvolveram neste final de semana a propósito do Orçamento 97, que se
encontra na Casa, e, sobretudo, a proposta de alguns detalhes que são muito
interessantes em torno da maquiagem e da falsificação do Orçamento de 1996,
enviado pela chamada Administração Popular que se diz tão transparente. tão
séria e tão ética.
O Orçamento de 1997, estima uma receita total de quatorze milhões, oitocentos e dois mil reais, e fixa
uma despesa de setecentos e vinte nove
milhões, duzentos e dezoito mil reais, resultando num déficit orçamentário de
quatorze milhões, quatrocentos e dezesseis mil reais, equivalente a 1,9% das
despesas globais, que deverá ser coberto através de operações de crédito já
previstos na própria proposta. Os recursos municipais da ação da saúde são de
195 milhões, setecentos e onze mil reais e, na proposta, eles têm sido sempre
deixados de lado, no sentido de evidenciar as verbas locais do Orçamento em si,
e não esta transferência, que é uma transferência extraordinária.
A proposta orçamentária de 1997 prevê - e chamo atenção dos Srs.
Vereadores para estes dados, o Ver. José Valdir, diligentemente, anota os dados
- que as receitas totais do Município de Porto Alegre terão um crescimento real
de 80,25% em relação ao Orçamento de 1996, e curiosamente, de 57, 7% em 1995,
ou seja, cresce mais em relação ao ano passado, Ver. Nereu D’Ávila, do que ao
ano retrasado, e cresce bastante, são 80% . Mesmo que desconsideramos o repasse
do SUS, a receita de 1997 cresce 32%, sendo que 3,8% são nas receitas
correntes, impostos, serviços e transferências e, 57.7% nas receitas de
capital, advindas de operações de crédito. O Ver. José Valdir começou a ficar
nervoso e preocupado. Traduzindo simples, é assim: quando se faz operação de
crédito, fica-se com dívida para pagar, 57,7% é o crescimento de operações do
crédito da Prefeitura Municipal de Porto Alegre para 1997. Agora o dado básico,
o orçamento de 1996 foi claramente subestimado, pois previa receitas totais de
404 milhões, quando, em 95, a execução orçamentária já era de 462 milhões, isto
é, superior à proposta orçamentária do ano seguinte. E a única razão que se
consegue verificar para apontar este erro de estimativa é evidentemente deixar as receitas mais
livres para o ano eleitoral. Gostaria que a Assessoria providenciasse a
distribuição do gráfico que mostra a evolução das receitas, e onde vemos que há
um crescimento normal da receita de Porto Alegre ano a ano, mas que
milagrosamente, cai muito em 1996, e deixa livre a Prefeitura, Ver. Nereu
D’Ávila, para trabalhar com suplementações das quais ainda estamos sendo
brindados com mais três, fora os demais, que certamente, até o final do ano
vamos receber. Das duas uma, ou má-fé, ou incompetência. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Edi
Morelli): Com
a palavra o Ver. João Dib em Comunicação de líder.
O SR. JOÃO DIB: Sr. Presidente e Srs.
Vereadores, existe, na forma da Lei Orgânica, dois poderes constituídos do
Município, o Poder Executivo e o Poder Legislativo, mas, na verdade, parece
haver um só. É o que manda - Poder Executivo - dono da verdade, ou em bom
português esportivo “o dono da bola e do campinho”. Se não jogarem do jeito que
ele quer ele tira a bola e não empresta o campo. Eu dizia que esta Casa tem
sido omissa em relação à utilização da sua força, do seu poder. É dever nosso
usar o Poder Legislativo para que as coisas desta cidade aconteçam com a
correção e a transparência que são devidas. Não adianta virmos a esta tribuna e
mostrar, como fez o Ver. Antonio Hohlfeldt, a manipulação de dados do Poder
Executivo, quando não tomamos providências. No ano de 1995, houve um superávit
na Prefeitura de 10 milhões de reais, enquanto os servidores municipais estão
ganhando muito pouco, enquanto há obras inadiáveis na cidade que não são
realizadas, mas sobrou 10 milhões de reais. Sei que o Prefeito tem 60 milhões
de reais nas instituições financeiras a 2% ao mês, não mais do que isso. Mas
isso já dá 1 milhão e 200 mil reais. Na segunda-feira, nesta tribuna, eu trazia
para conhecimento da Casa - foi levado cópia do meu discurso para o Executivo -
que no dia 04 de outubro a Prefeitura recebeu dinheiro para repassar aos
hospitais e entidades de caridade, e só o fez no dia 28 de outubro. Nada
aconteceu. Foi dito no Plenário desta Câmara, alguns ficaram surpresos; outros,
duvidaram. Mas nada, nenhuma nota saiu nos jornais da cidade. Hoje está lá,
porque são outros os poderes, realmente no dia 04 recebeu, e no dia 28
repassou, e já está dando explicação, o que não aconteceu na segunda-feira.
Este é Poder Legislativo; e eu perguntei à Comissão de Justiça desta Casa o que
é Município, para que se apliquem os recursos da saúde em torno do Orçamento
global do Município, conforme preceitua
a Lei Orgânica. Nada foi dito, nada foi respondido. Nós vamos votar o Orçamento
sem que a Comissão de Justiça me diga quem é que tem razão: a Lei Orgânica ou a
“dono da bola e do campinho”, o dono da verdade. Eu fiz uma solicitação ao
Prefeito para que informasse - parece que foi no mês de junho - como é que um
Secretário do Município usa excesso de arrecadação para suplementar recursos da
sua Secretaria. Até hoje não houve resposta. Onde será a transparência, a
ética, a dignidade, a honra? Como é que um Secretário suplementa a verba da sua
Secretaria levando em conta o excesso de arrecadação, se não é nem Secretário
da Fazenda? Mas quem o investiu dessa autoridade? Onde está Poder
Legislativo que não fiscaliza, que não
manda prender quem faz uma coisa dessas? Enquanto nós formos omissos - aí, eu
me incluo; reclamo, aqui, reiteradas vezes, mas não passo da reclamação -, eles
ditarão a verdade, eles dirão o que serve e não nos respeitarão. Nós somos o
Poder Legislativo. Poder! Exatamente igual ao Poder Executivo! Nenhuma
diferença! Um tem que respeitar o outro! Quando interessa, o Prefeito faz. No
ano passado, quando o Presidente Airto Ferronato, vendo que sobravam recursos da Câmara, deu aos seus servidores
um abono de 10%, ele deixou pagar no mês de dezembro, porque interessava a Convocação
Extraordinária, e havia leis que precisavam ser votadas, e os Vereadores
poderiam ficar irritados. Em janeiro, como não havia mais leis a serem votadas,
não havia mais Convocação Extraordinária, ele, pura e simplesmente, entrou na
Justiça, desrespeitando este Poder, que se
deixa desrespeitar. Isso não deve continuar assim! Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Liderança com o Partido dos
Trabalhadores. O Ver. João Verle está com a palavra.
O SR. JOÃO VERLE: Sr. Presidente e Srs.
Vereadores, inicialmente, pede-me o Ver. Guilherme Barbosa que eu informe sobre
a questão do corte de água do Sport Club Internacional. O oficial de Justiça
foi quem convidou o DMAE a lá comparecer. Então, quem convidou a imprensa não
foi o DMAE. Em relação aos comentários que o Ver. Antonio Hohlfeldt tem feito
sobre o Orçamento, é pena que não tenha a íntegra do estudo que o Vereador anunciou - o que posso assegurar é que há
uma série de equívocos em relação aos números, principalmente, a um pronunciamento
anterior que foi feito pelo Ver. Antonio Hohlfeldt.
Na realidade, temos que considerar uma série de fatores que modificam o
Orçamento no transcurso da sua execução, e mesmo antes, o art. 4º da Lei
Orçamentária estabelece que deve haver uma correção, porque é estimado em
valores de 30 de junho, e esta Casa vota o Orçamento até fins de novembro, mas
ele tem que ser encaminhado até 30 de setembro, e tem que ser elaborado em período anterior.
Então, se tomam valores em 30 de junho. O art. 4º prevê que deve ser
corrigido até 31 de dezembro, evidentemente.
Então, essa correção já significou aumento de 5,85%. E um Orçamento
inicial de 360 milhões, em números redondos, com esta correção passou para 381
milhões.
A Câmara autorizou a abertura de créditos especiais. E crédito especial
é alguma coisa que não pode ser prevista no Orçamento. É claro, para quem
conhece como o Ver. Antonio Hohlfeldt a legislação.
Então, é o Corredor Norte-Nordeste, recursos da FINEPE, PORTO-SOL e
PRÓMORADIA - nós temos mais 7,35%, ou seja
28 milhões. Fizemos também, de acordo com o art. 5º da Lei Orçamentária,
a correção monetária correspondente à variação inflacionária no período, hoje
temos uma forma de correção mais direta, isso dá mais 5,07%, ou seja, 19,3
milhões.
Suplementações por decreto foram feitas fundamentalmente em pessoal, 38
milhões, 10%, também autorizadas pela Lei do Orçamento. Mais recursos do SUS,
6.276 mil de Fundo, mais 2,5 milhões de convênios.
Rigorosamente, o que houve de suplementação que poderia ser atribuído a
erros de planejamento foi R$ 9.100.00,00, 2,4% do Orçamento. Esses são os
valores que colocam o Orçamento com quatrocentos e oitenta e quatro milhões e
sete mil reais, tudo perfeitamente explicado, sem nenhuma mágica, sem nada.
Faço um pequeno comentário sobre este gráfico, de nº 01, que foi
distribuído hoje e que, certamente, faz parte de um estudo mais completo do
Vereador, onde aparece trezentos e sessenta e cinco mil do orçamento de 1996.
Já vimos que não é esse o valor. Em relação ao Orçamento de 1997, seiscentos e
sessenta e cinco milhões apontados no gráfico nós temos quinhentos e trinta e
três, no Orçamento, e mais cento e noventa e cinco do SUS; a Municipalização da
Saúde, segundo o gráfico, teria setecentos e vinte e nove milhões. Portanto, os
números não batem.
Com relação ao grande aumento da receita de capital, temos a III
Perimetral, que é uma notícia já de há muito conhecida e que envolve valores
expressivos e que, evidentemente, justificariam este aumento. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Havendo quórum, passamos à
ORDEM DO DIA
O SR. JOÃO DIB
(Requerimento): Requeiro que a primeira matéria a ser votada na Ordem do Dia seja a da
página 30, o Parecer nº 293/96.
O SR. PRESIDENTE: O Ver. João Dib está com a
palavra, para encaminhar.
O SR. JOÃO DIB: Sr. Presidente e Srs.
Vereadores no dia 01 de janeiro de 1993, no outro Plenário, todos nós juramos
juntamente com o Prefeito a defesa da Lei Orgânica e o seu exato cumprimento.
Aliás, essa é uma das condições para que se assuma a Vereança ou na Prefeitura
ou um cargo de secretário da Prefeitura ou um cargo de Secretário da Prefeitura
ou um cargo de procurador-geral da Prefeitura que prometa cumprir o que
preceitua a Lei Orgânica. A Lei Orgânica, no seu art. 94, dá as competências
privativas de S. Exa. o Sr. Prefeito da cidade, mas também dá deveres e um dos
deveres do Sr. Prefeito é responder em 30 dias aos pedidos de informações
emanados desta Casa. E o Sr. Prefeito, sistematicamente, não tem respondido.
Pode ele usar, dentro da própria Lei Orgânica, uma medida que solicita mais de
15 dias pela dificuldade para responder o que se pergunta. O Prefeito nem
sempre pede os 15 dias, mas quase sempre quando pede os 15 dias também não
respeita. Aí são dois Poderes: o Poder Legislativo que deve ser respeitado
porque representa todos os cidadãos da Cidade, e o Poder Executivo. O Prefeito
administra toda a Cidade, mas ele obteve 50% dos votos ou nem isso. Nós,
somados, obtivemos todos os votos da população. Nós representamos toda a
população, somos a síntese democrática de todos os cidadãos e temos sidos
desrespeitados com a maior
tranqüilidade. Neste caso, eu acho que não se coloca partido, neste caso se
coloca a Lei Orgânica, e eu até acho que foi muito bem colocado porque na
Comissão de Justiça, onde foi examinado o Requerimento deste Vereador, o Ver.
José Valdir votou favoravelmente ao Parecer do Ver. Airto Ferronato, o Ver.
João Motta votou favoravelmente, com restrições, é verdade, mas votou
favoravelmente. Não houve ninguém que votou contrário a que o Prefeito devesse
ser advertido. O Poder Legislativo é tão igual ou maior do que o Poder
Executivo, apenas nós não temos a máquina de dinheiro; lá há muito dinheiro,
aqui há falta, lá ele tem dinheiro para fazer tudo o que quer e manobrar do
jeito que quiser. Se esta Casa hoje, não der a advertência que o Prefeito deve
receber, a Casa estará passando um atestado de óbito, a Casa estará se
autodesrespeitando, porque não é possível que todos nós tenhamos jurado cumprir a Lei Orgânica, e todos nós não a cumpramos.
Isso não pode passar na minha mente. Eu espero que haja por parte de todos os
Vereadores o apoio para a proposição por mim feita, porque houve, de fato, uma
falta de atenção do Prefeito com esta Casa. Se fosse uma única vez não seria
nada, só eu tenho 10 Pedidos de Informações e não foram respondidos, com esse
que citei há poucos minutos da Tribuna onde eu perguntava: Como é que o
Secretário de Cultura suplementa verbas? Até hoje - tenho 40 anos ou mais de
Prefeitura - nunca tinha visto. Eu fui Secretário seis vezes, eu fui Prefeito,
fui Assessor de Engenheiro duas vezes e nunca tinha visto um Secretário
suplementar verbas de sua Secretaria por excesso de arrecadação, o que só a
Secretaria da Fazenda pode saber. Eu nunca tinha visto! Faz mais de 100 dias
que o Prefeito não responde. Ele tem 45, com boa vontade. É grave, é muito
grave, porque no momento em que deixo quebrar a laje da minha calçada: era na
calçada; aí eu deixo tirar uma flor do meu jardim: era no jardim. Quando eu
vejo, ele estará dentro de minha casa me tirando, talvez, os meus filhos. E é
assim que temos deixado, e eu dizia antes que há omissão. Eu espero que agora a
totalidade dos Vereadores dê razão ao Requerimento deste colega. Muito
obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Não havendo mais inscritos para encaminhar, colocamos em votação.
Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO, contra o voto do Ver. João
Verle.
O SR. LUIZ BRAZ (Questão de
Ordem): Foi
aprovada na LDO uma proposição que obrigava o Executivo a enviar para esta
Casa, até o dia 1º de novembro, um Projeto do Plano de Obras. Esta proposição
foi vetada pelo Prefeito Municipal, o Veto derrubado por esta Casa, mas eu
gostaria de perguntar se o mandamento desse Projeto de Lei, aprovado por esta
Casa, foi cumprido pelo Executivo Municipal?
O SR. PRESIDENTE: Aceitamos a sua Questão de
Ordem e em seguida lhe daremos a resposta.
O SR. PAULO BRUM
(Requerimento): Gostaria de alterar os Projetos: primeiramente, o PLL nº 100/96, o PLL
nº 110/96, o PLL nº 133/96, o PLCL nº 007/95, o PLL nº 144/94 e, depois, a
ordem normal dos trabalhos.
O SR. RAUL CARRION: Gostaria de saber do Ver.
Paulo Brum se ele concordaria com que o PLCL nº 011/96 seja seguido do PLL nº
144/96, porque por duas vezes esteve por ser votado e a Sessão foi
interrompida.
O SR. PRESIDENTE: O Ver. Paulo Brum concorda
com o adendo de V.Sa.
O SR. JOSÉ VALDIR (Questão
de Ordem): A
Mesa já recebeu o Parecer aos projetos de suplementação da FESC e do DMLU, o
Ver. Elói Guimarães já me comunicou que fez o Parecer.
O SR. PRESIDENTE: O Parecer da FESC já foi
entregue e está sendo datilografado, o do DMLU ainda não foi entregue.
Colocamos em votação o Requerimento do Ver. Paulo Brum que altera a Ordem
do Dia, que passará a ter a seguinte ordem: folhas 26, 27, 28, 5, 11, 09,
depois seguindo a ordem original.
Em votação. (Pausa.) Os Vereadores que aprovam o Requerimento
permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
PROC. 1698/96 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº
100/96, de
autoria do Ver. Décio Schauren, que denomina Rui Catuípe um logradouro
irregular, localizado na Vila Panorama, no Bairro Lomba do Pinheiro.
Parecer
- da CCJ. Relator Ver. Elói Guimarães: pela
aprovação do Projeto;
- da CUTHAB. Relator Ver. Mário Fraga: pela
aprovação do Projeto;
- da CECE. Relator Ver. Nereu D’Ávila: pela
aprovação do Projeto.
O SR. PRESIDENTE: Em discussão o PLL nº
100/96. Não havendo quem queira discutir, em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores
que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
PROC. 1987/96 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº
110/06, de
autoria do Ver. Paulo Brum, que denomina Rua Ricardo Domingues um logradouro
irregular, localizado no Bairro Rubem Berta.
- da CCJ. Relator Ver. José Valdir: pela
aprovação do Projeto;
- da CUTHAB. Relator Ver. Clovis Ilgenfritz:
pela aprovação do Projeto;
- da CECE. Relator Ver. Décio Schauren: pela
aprovação do Projeto.
O SR. PRESIDENTE: Em discussão o PLL 110/96.
Não havendo inscritos para discussão, em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores
que o aprovam permaneçam sentados.
(Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
PROC. 2146/96 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº
133/96, de
autoria do Ver. Airto Ferronato, que denomina Praça Monsenhor João André Mascarello um logradouro público, localizado
no Bairro São João.
Parecer
- da CCJ. Relator Ver. Wilton Araújo: pela
aprovação do Projeto;
- da CUTHAB. Relator Ver. Clovis Ilgenfritz:
pela aprovação do Projeto;
- da CECE. Relator Ver. Nereu D’Ávila: pela
aprovação do Projeto.
O SR. PRESIDENTE: Em discussão o PLL nº
133/96. (Pausa.) Encerrada a discussão. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores
que aprovam, permaneçam sentados.(Pausa.)APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E
VOTAÇÃO
PROC. 1013/96 - PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 007/95, de autoria do Ver. Jocelin
Azambuja, que disciplina o uso de telefone celular no interior das casas de
eventos culturais, acrescentando incisos aos artigos 80 e 81 da Lei
Complementar nº 12, de 12.01.87. Com
emenda nº 01 ao Projeto; Substitutivo nº 01, com Emendas nº 01, com respectiva
Subemenda nº 01, e nº 02 ao Substitutivo nº 01.
Parecer
- da CCJ. Relator Ver. Darci Campani: pela
rejeição do Projeto e do Substitutivo nº 01; Relator Ver. João Motta: pela
rejeição das Emendas nºs 01 e 02, da Subemenda nº 01 à Emenda nº 01 à Emenda nº
01, ao Substitutivo nº 01;
- da CEFOR. Relator Ver. Antonio Hohlfeldt:
pela rejeição do Projeto e pela aprovação do Substitutivo nº 01, das Emendas
nºs 01 e 02, e da Subemenda nº 01 à Emenda nº 01, ao Substitutivo nº 01;
- da CUTHAB. Relator Ver. Lauro Hagemann:
pela rejeição do Projeto e pela aprovação do Substitutivo nº 01, das Emendas
nºs 01 e 02, e da Subemenda nº 01 à Emenda nº 01, ao Substitutivo nº 01.
Observações:
- para aprovação, voto favorável da maioria absoluta
dos membros da CMPA - Art. 82, § 1º, I, da LOM;
- incluído na Ordem do Dia por força do Art. 81 da
LOM.
O SR. ANTONIO HOHLFELDT
(Questão de Ordem): Sr. Presidente, eu apresentei uma Emenda de Liderança na Sessão
passada a uma das passagens do Projeto de Lei, não sei se está sendo
considerada, vejo que não aparece no espelho. Peço a orientação da Mesa, pois
temos que cumprir o rito formal de qualquer maneira. Eu mesmo dei o Parecer
favorável aos Substitutivo.
O SR. PRESIDENTE: Esclarecemos que há um erro
no espelho de hoje, onde consta Substitutivo é a Emenda do Ver. Antonio
Hohlfeldt. V. Exa. tem razão, Ver. Antonio Hohlfeldt.
O Ver. Milton Zuanazzi está com a palavra, para discutir o PLCL nº
07/95.
O SR. MILTON ZUANAZZI: Sr. Presidente, Srs.
Vereadores. Acho que a matéria tem méritos e veio em boa hora. Ela é
específica, Ver. João Dib, às casas de eventos culturais, e por quê? Porque num
evento cultural em si, um cinema, teatro, um “Show”, as pessoas estão indo ali
com um fim específico de enriquecimento cultural e, de repente, um toque de um
telefone celular pode ser desconcertante para o espectador, mas,
principalmente, para o artista, como ocorreu com um grupo de dança que esteve
há três meses no auditório da UFRGS, em cujo momento da concentração tocou o
telefone; quase houve uma pequena vaia do auditório àquele telefone que tocava.
Então, realmente, o Ver. Jocelin Azambuja foi feliz no Projeto, que vem em boa
hora. O que eu quero discordar é da Emenda do Ver. Antonio Hohlfeldt, porque o
toque de um telefone aqui no Plenário não altera a nossa concentração,
absolutamente. Na minha opinião não altera, tanto que esse telefone aqui atrás
toca a toda hora. Então, acho que se tocar, é uma questão de educação de cada
um poder levantar e atender ao telefone lá fora, porque isso é assunto de foro
individual. O telefone celular é um aparelho que te acompanha, ele tem essa
finalidade. Agora, num evento cultural está exemplificado, está correto, tem
que se manter, inclusive, a concentração do artista.
O Sr. João Dib: V. Exa. permite um aparte?
(Assentimento do orador.) O Presidente da Casa, Ver. Isaac Ainhorn reiteradas
vezes preside a Sessão e até Sessão Solene e, de repente, recebe um chamado no
telefone celular, isto não está correto.
O SR. MILTON ZUANAZZI: Pois é, mas acho que não é
uma lei dessas que vai resolver não é? Acho que são coisas diferentes. O
Presidente Isaac Ainhorn não está presente, mas francamente, acho que não se
deve usar o telefone celular na Mesa dos trabalhos, porque o Presidente está
coordenando e não tem que atender ao telefone. Agora, os demais Vereadores do
Plenário, muitas vezes, podem ter o seu telefone celular na cintura para
receber uma ligação, não acho que isso atrapalhe a nossa concentração; agora, o
Presidente fazendo isso atrapalha, porque é quem preside a Mesa e tem que estar
atento ao Plenário, não pode, inclusive, nem conversar. Eu já exerci a função
de Presidente, quando fazia parte da Mesa, a gente tem a mania de conversar. O
Presidente não deveria conversar com ninguém, o Presidente tem que estar
atento. Mas a conversa é comum na Casa, vai todo mundo para a Mesa, o que não
deveria acontecer. Ver. Antonio Hohlfeldt, eu entendo a intenção de V.Exa.,
acho, até, que ela é positiva, mas em cima de um fato concreto, não deveria se
permitir. Eu temo que a gente comece a estender isso indistintamente, Ver.
Jocelin Azambuja. A essência do Projeto de V.Exa. está corretíssima; nas casas culturais,
onde tem artista se apresentando e pessoas buscando cultura, se concentrando em
cima de uma peça de teatro, em cima de
um grupo de dança, está corretíssimo o Projeto. Eu fico com a dúvida, Ver.
Antonio Hohlfeldt, como nós estamos em discussão, se voto na Emenda de V.Exa.
Vim para a tribuna para dizer que, a princípio, era contra, mas, em função da
realidade, de repente, pode ser que eu mude de idéia. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: O Ver. Antonio Hohlfeldt
está com a palavra.
O SR. ANTONIO HOHLFELDT: Sr. Presidente e Srs.
Vereadores, Ver. Jocelin Azambuja, com enorme mérito, logo que começou esta
mania, que eu pessoalmente, considero
estúpida e idiota, de as pessoas portarem telefones celulares a toda e qualquer
hora, em qualquer lugar - o que é muito mais para ostentação do que qualquer
outra coisa de necessidade concreta e real - obrigou o DETRAN, e anteriormente
os CONTRANS, a proibirem o uso dos celulares em automóveis, o que, aliás, é
absolutamente desrespeitado com a conivência, omissão criminosa, da Brigada
Militar, sem nenhum problema. Os soldados estão do lado dos motoristas e estão
pouco ligando se os motoristas estão usando telefone celular e dando manobradas
para todos os lados. Mas nós não temos como meter a mão nisso. Agora,
certamente nós temos como meter a mão e temos que meter a mão para coibir a
falta de educação, de respeito e o egoísmo que as pessoas têm no uso do celular
nos ambientes mais críticos possíveis e menos propícios. Não é uma e nem duas
vezes que tenho participado de atividades formais, ou com o Governador do
Estado ou com o Prefeito, e que algum sujeito do segundo escalão, para
exibir-se, está lá com o seu celularzinho ligado. No meio do discurso de uma
autoridade, o celular dispara. Aí o sujeito fica lá atendendo o celular. Outro
dia estávamos discutindo o Plano Diretor com a assessoria, e havia uns seis
futuros Vereadores de celular na mão. E dê-lhe celular ligado! O futuro Ver.
Adeli Sell tomou uns dez celulares aqui
em duas horas de presença. Não sei se ainda é sobra de campanha ou cobrando
contas. O Celular do Ver. Adeli Sell era pior do que o Ver. Isaac Ainhorn, Ver.
Milton Zuanazzi, eu não quero só que o Presidente da Casa fique proibido de ter
o seu celular tocando aqui, porque outro dia foi constrangedor: durante um
minuto de silêncio, o celular do Presidente disparou. Acho que nenhum celular
neste Plenário pode ser usado. Quanto ao Presidente da Casa eventual, quem
preside os trabalhos, a Mesa, aqui atrás tem uma saleta com assessoria. É só
deixar o celular ali, se não puder desligá-lo, o secretário dá o aviso. Quanto
a nós, temos a nossa assessoria, os nosso gabinetes. Deixe o seu celular lá. O
Ver. Milton Zuanazzi pegou bem na questão
do teatro e do cinema, e ás vezes dos concertos. Realmente, no meio de
uma cena extremamente densa, que o sujeito está concentrado, o celular dispara.
Eles sempre atendem, porque é uma beleza para aparecer. O Ver. Henrique
Fontana, que é médico, até teria uma justificativa para ser chamado com urgência.
Nunca vi o Ver. Henrique Fontana ficar exibindo-se com seu celular. Acho que
nem tem. É uma questão de usar um instrumento para serviço. Não vou chegar ao
cúmulo de falar daqueles relógios estúpidos que desabam a dar hora certa de
meia em meia hora, e que são para o exibicionismo das pessoas. O Ver. Guilherme
Barbosa quando vai a um teatro, deve lembrar de apertar o relógio para não
disparar. É realmente um desrespeito e acho que não podemos chegar ao cúmulo
dos bailões do interior, onde se passa em revista o sujeito para não entrar
armado no salão e armar aquelas barafundas que a gente conhece. Certamente, a
Casa tem que coibir o uso do celular no Plenário. Nós não podemos querer coibir
lá na rua, Ver. Milton Zuanazzi, e dar um mal exemplo aqui dentro. Temos que
começar pela Casa e é por isso que fiz a Emenda. Acho que qualquer um de nós
pode ter o celular no momento em que está trabalhando no gabinete ou atendendo
às pessoas, mas aqui no Plenário eu acho que é um desrespeito à Instituição.
Outro dia eram três Vereadores da Casa a atender celular. Não dava nem para a
gente se concentrar em relação à fala de nossos assessores e expositores. A
Emenda é sim para coibir o uso do celular no Plenário desta Casa porque não faz
sentido proibirmos o celular nos
teatros e cinemas e, ao mesmo tempo, não proibirmos no Plenário da Câmara
Municipal. Quem quer legislar tem que começar dando bom exemplo. O que temos
dado até agora é um péssimo exemplo com relação a essa situação. Muito
obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Fernando
Záchia): Está
com a palavra o Ver. Giovani Gregol, para discutir.
O SR. GIOVANI GREGOL: Sr. Presidente e Srs.
Vereadores, desde antes da eleição não consigo subir a esta tribuna e em breve
essa possibilidade vai ficar mais rara. A gente terá saudades depois de oito
anos de mandato.
Sempre digo, falem o que quiserem do Ver. Giovani Gregol, mas nunca
digam que o Ver. Giovani Gregol fala das coisas que ele não entende. Sempre vim
à tribuna e falei coisas sobre as quais entendo. Tenho dito que meus Projetos
de Lei não são como aqueles a que se refere, criticando, o Ver. João Dib, que
são feitos em quantidade - como histórias em quadrinhos - para agradar. Isso é
verdade, mas considero uma injustiça do Vereador quanto às histórias em
quadrinhos, que é uma grande arte. A média de tempo que gasto estudando meus
Projetos é de seis meses.
Neste caso, atrevo-me a vir à tribuna e chamar a atenção dos Srs.
Vereadores, embora a maioria não esteja me ouvindo. Então, vou falar ao público
que paga nossos salários: tenho estudado muito esse assunto dos celulares. O
uso do celular, tal qual é feito em Porto Alegre e no Brasil, é uma grave
ameaça à saúde. Isso não foi citado por nenhum Vereador que me antecedeu, mas
quero trazer esse dado científico: está comprovado - não é teoria nem hipótese
- que o uso freqüente do celular traz graves danos à saúde humana, prejudicando
diretamente o sistema nervoso central.
Há quatro anos, discuti esse assunto com o então Secretário do Meio
Ambiente de São Paulo - Werner Zulav -, da Administração Paulo Maluf. Quando eu
ainda era Secretário de Porto Alegre, eu já manifestava essa preocupação ao
Werner e ele dizia: “Não, Gregol, isso é um delírio de vocês ecologistas. É uma
burrice contra a modernidade”. E eu dizia: “ Werner, olha que não é bem assim,
tenho uns estudos em casa, tenho um material do ‘Greenpeace’. Não sou
engenheiro eletrônico, médico, mas a coisa faz sentido -. Sabemos que as ondas
eletromagnéticas provocadas pelas correntes elétricas podem provocar vários
danos à saúde, inclusive câncer. Agora, como estamos num país chamado
Tupiniquim, no Brasil tudo chega mais tarde, o pessoal dos eletricitários,
aquela pessoa que trabalha mais de 4 ou 6 horas por dia perto de uma grande
corrente elétrica, como essas de alta tensão, é um candidato em grande escala a
adquirir uma doença grave, mas depois, provavelmente quando aposentado, depois
de muitos anos de trabalho. Isso está comprovado, não é teoria. Fenômeno
semelhante acontece com o celular.
O SR. PRESIDENTE (Mário
Fraga): O
Ver. João Verle inscreve-se e cede tempo a V.Exa., com a aquiescência do Ver.
Clovis Ilgenfritz.
O SR. GIOVANI GREGOL: Agradeço aos Vereadores e à
Presidência. Essa onda que usa o celular é parente ou é do próprio grupo das
microondas, que quando atravessa um meio físico tem a propriedade de esquentar,
transforma-se em energia calorífica, que é justamente o que acontece no forno
de microondas; liga-se, gera as microondas que atravessam a galinha, a carne e
provoca o cozimento daquele alimento de dentro para fora. E é exatamente o que
muitos incautos estão fazendo, cozinhando seus miolos literalmente. Então se
recomenda: não se usar demais o celular, não se colar o celular na orelha, não
se usar o celular sem antena, porque a antena recebe as ondas em vez do
cérebro; quando se usa o celular colado à orelha e sem antena, a antena
receptora é próprio cérebro do sujeito. Existe uma questão de falta de
educação, etiqueta, que existe em todos os povos civilizados do mundo - eu ia
dizer que até os indígenas, mas o índio é muito consciente, muito ligado ao seu
ambiente, sabe absorver as tecnologias alienígenas tanto que se vê hoje índio
pilotando avião; vi muito índio na Amazônia usando câmera de vídeo, mas dentro
de seu contexto cultural, vestido de penas, etc. Agora, nós, não somos índios:
somos macacos muitas vezes; somos colonizados. Tem gente que acha bonito andar
na rua, de carro, falando no celular, interromper uma conversa com um cidadão
para atender o celular, a todo e qualquer momento, inclusive no Plenário da
Casa. É uma questão de etiqueta, de
falta de respeito. Não se pode fazer isso. Há momentos em que a boa educação
exige que se desligue o celular, ou que se atenda lá fora. Já presenciei aqui,
em Sessão Solene, membros da Mesa atendendo ao celular. É um desrespeito para
com a Casa, para com os eleitores que nos elegeram para ficar ouvindo quem
fala, prestando a atenção nos Projetos, cientes do que está acontecendo, e não
para atender o celular. Até porque, geralmente, esses telefonemas dizem
respeito exclusivamente àquele que recebe. Então, foi muito bem o Ver. Jocelin
Azambuja: é um dos Projetos que gostaríamos de ter feito. É uma verdadeira
praga, as pessoas acham bonito e, na verdade, estão dando demonstração de
burrice.
Esta semana saiu um artigo semelhante na revista Veja. Quem puder leia.
É na página de opinião, o comentário de um jornalista muito conhecido, Pompeu
de Toledo, sobre o “halloween”: a palhaçada que é, num país com a riqueza
cultural como o Brasil, todo o mundo se vestir e vestir seus filhos de bruxa
para comemorar o “halloween”, que é negócio de americano, que não tem nada a
ver com a nossa história, com a nossa cultura, nossa tradição, nosso País. Mas
a classe média alta, principalmente os novos ricos, que querem sempre fazer de
conta que são americanos ou que são melhores que a média dos brasileiros, estão
comemorando o “halloween”! Ora, vão comemorar S. João, S. Pedro, S. Cosme e
Damião. Estão comprando coisas importadas, roupas importadas! Esse é um
fenômeno cultural grave e profundo. É um defeito nacional: fazer a cópia
simplesmente macaqueada daquilo que nós achamos ou que eles, os basbaques que
fazem isso, acham que os estrangeiros têm melhor do que nós e não tem melhor do
que nós, porque nós temos tradição cultural. Entre elas está o uso - não uso
adequado, racional, - o uso exagerado e inadequado da hora e local do chamado
celular.
O Sr. Milton Zuanazzi: V.Exa. permite um aparte?
(Assentimento do orador.)Vereador, não vamos criar aqui uma loucura sobre a
questão do males causados à saúde pelo uso do telefone celular e que já foram
comprovados, V.Exa. tem razão. Mas isso ocorre com pessoas que o utilizam mais
de seis minutos seguidos, porque a cada seis minutos o telefone celular tem
buscar a localização dele e então emite uma onda eletromagnética de seis em
seis minutos. Por isso V.Exa. tem razão quanto aquelas pessoas que não utilizam
a antena, que usam muito colado ao corpo e sujeitas a adquirir uma doença grave
e isso está devidamente comprovado.
O SR. GIOVANI GREGOL: Quero elogiar o autor do
Projeto e vamos votar com os Vereadores Lauro Hagemann e Antonio Hohlfeldt que
deram, a nosso entender, Pareceres corretos em relação à votação deste Projeto.
Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Com a palavra o Ver. Clovis
Ilgenfritz para discutir.
O SR. CLOVIS ILGENFRITZ: Sr. Presidente e Srs.
Vereadores, queria dizer que o Ver. Giovani Gregol é daqueles Vereadores que de
fato não precisa falar muitas vezes, porque quando fala coloca um conteúdo muito importante. Quando me
inscrevi, eu tinha algumas colocações a fazer favoráveis ao Projeto do Ver.
Jocelin, mas o Ver. Milton Zuanazzi, e outros e, agora, o Vereador Giovani
Gregol, com brilhantismo colocaram as questões com as quais estou de acordo. Eu
não tenho celular, não porque seja contra, mas tive durante a campanha, e ainda
está comigo, um celular que me foi emprestado por um grande amigo. Senti o
quanto vicia a gente. O celular passa a ser um instrumento que escraviza e modifica totalmente a rotina
das pessoas. Ele não avisa, ele chega e você fica na obrigação e contingência
de atendê-lo, gerando todo o círculo vicioso. As questões colocadas pelo Ver.
Giovani Gregol sobre a questão da saúde, até comentei num programa de rádio, do
Espaço Aberto do jornalista Walter Galvani e Armando Burd, na terça-feira, e o
assunto veio à baila em função do uso de celular em aeronaves. De fato, isso é
muito sério, temos casos que não estão totalmente explicados, do mau uso, não
só do celular mas de aparelhos eletroeletrônicos em aviões, criando
transtornos, intervenções de ondas nos aparelhos dos aviões. Há quem diga que
alguns desastres mais recentes tenham
sido provocados por panes criadas por aparelhos eletroeletrônicos, neste caso,
o celular. Queria dizer também, Vereador, que deveria existir no próprio
celular, como existe nos vidros de remédios, duas ou três observações que são
fundamentais. Estive vendo celular para comprar e li as instruções. Se a gente
lê aquilo ali, a gente não compra. É impressionante o quanto ele pode fazer
mal à saúde, não só de quem usa, mas de
quem estiver por perto, inclusive porque ele permanece, muitas vezes, na
cabeceira da cama das pessoas, tem gente que coloca em baixo do travesseiro. A
macaquice é tão grande, a falta de autenticidade e cultura é tão grande que
acontece isso, Vereador. Um outro aspecto que tem sido altamente perigoso é o
uso do celular nos automóveis, para as pessoas que estão dirigindo. Neste tempo
em que estive usando, confesso que por várias vezes atendi a telefonema andando
de carro e ficava naquela pane: o que fazer? Encostar no primeiro lugar para
atender ou, às vezes, atender sem encostar? Enfim, cria problemas muito sérios.
Quero dizer ao Ver. Jocelin Azambuja que ele não vai poder dizer que a gente
sempre vota contra; pelo contrário, se esse Projeto não tivesse autoria dele eu
me candidataria a fazê-lo. E acho que o Município pode legislar, eu só me dei
conta na terça-feira, quando nós discutimos na Rádio gaúcha. No meu entender,
deveria haver uma Emenda ou um Projeto Complementar a esse para colocar a
questão dos automóveis ou de qualquer veículo no âmbito do Município. Eu tenho
informações e é constitucional. O
Município pode proibir o uso de celular na circulação de carros dentro do
Município. Então, vamos votar favoravelmente. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: O Ver. Jocelin Azambuja está com a palavra para
discutir o PLCL nº 07/95.
O SR. JOCELIN AZAMBUJA: Sr. Presidente, Srs
Vereadores, o que nos levou a fazer este Projeto de Lei foi a forma
indiscriminada de uso do telefone celular, muito bem colocada aqui pelos
Vereadores que me entenderam. Eu até quero pedir desculpas aos meus colegas
Vereadores pois nunca ofereci o número do meu celular. É porque eu nem sei o
número do meu celular; só quem sabe é a minha mulher e o meu chefe de gabinete. Eu não sei, até para evitar de
se tornar um hábito permanente na minha vida. Então, eu uso o celular, quando
tenho necessidade de ligar para fora. Quando estou aqui na Casa desligo o
aparelho, pois acho que este é o procedimento correto. Assim, evito situações
de constrangimento, como eu já assisti aqui na Casa, não só do Presidente dos
trabalhos, mas de outros colegas Vereadores, em Sessões Solenes e Especiais,
utilizando o celular, e outros até falando
dentro do recinto. Sem contar a utilização do telefone celular
indiscriminadamente, em qualquer local. Nos restaurantes, as pessoas não
conseguem nem conversar, pois um pega o telefone e fala, o outro também; é um
toca-toca de telefone celular. Existem ainda essas outras questões que foram
bem levantadas aqui pelo Ver. Giovani Gregol e pelo Ver. Milton Zuanazzi, que é a saúde das pessoas.
As pessoas não se dão conta daquilo que estão utilizando, e utilizam de forma
indiscriminada, em larga escala. Têm pessoas que carregam 2, 3 baterias de
reserva, eu nem carrego bateria de reserva, porque se terminar a bateria, azar,
assim não preciso usar mesmo. Então, eu utilizo o celular apenas para emergência, para receber algum chamado dos
meus familiares ou de alguma coisa urgente da Câmara ou, então, para fazer
alguma coisa discagem para fora. Mas, realmente, procuro fazer com que o
celular seja um instrumento de comunicação, mas que não me crie problemas e nem
crie problemas para os demais. Eu, já fui a casas de espetáculos de teatro ou
cinema e lá havia pessoas recebendo
ligação, uns ainda levantando e indo lá fora, mas outros até falando de dentro
da própria sala de espetáculo com o
telefone celular, e ainda pessoas que, muitas vezes, têm vozes altas, é uma
coisa terrível. Esta sugestão do Ver. Clovis Ilgenfritz, acho importante, até
cabe uma Emenda que ele está redigindo
no sentido dos veículos, de se proibir, porque de fato esta situação, da utilização
no âmbito dos automóveis, é algo também que já deve ter provocado acidentes,
deverá provocar outros acidentes, isto é uma coisa muito triste. No fim de
semana, indo para praia, me telefonaram, minha esposa atendeu o celular e disse
para aguardar um momento que íamos estacionar; estacionamos o carro e fui
atender ao celular. Se estou sozinho, desligo o celular, já para não ser
motivado a atender, porque na verdade, se a gente tem o aparelho, a gente acaba
se motivando a querer atender. Se é uma coisa importante, se é um problema
grave, familiar, enfim, aí tudo bem, mas a verdade é que nós temos que nos
disciplinar. Antes de existir o celular, nós nos comunicávamos sem ele, nós
tínhamos todos os tipos de comunicações, os Parlamentares, os cidadãos de
maneira em geral se comunicavam sem o celular, quer dizer, o celular veio
auxiliar no processo de comunicação, mas não pode se tornar um instrumento do
que as pessoas não possam prescindir. Claro que podem. Este dado, que o Ver.
Milton Zuanazzi nos traz, do uso
continuado, dos malefícios comprovados, é extremamente grave. Quem tem
telefone celular deve se preocupar com essa informação. Pessoas
que gostam de fazer conferências longas no telefone celular devem se preocupar.
Acho que a Emenda do Ver. Antonio Hohlfeldt é positiva em relação de nos
educarmos e começar a dar exemplo dentro de nossa Casa. Então, a idéia, para
finalizar, é de se buscar uma solução que faça com que possamos, de fato, ter
um controle maior sobre o uso desse aparelho tão importante na comunicação.
Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Com a palavra o Ver. João
Dib para discutir.
O SR. JOÃO DIB: Sr. Presidente e Srs.
Vereadores, não pretendia discutir esta matéria, de repente, ela se tornou
muito importante. Há 51 horas atrás não se sabia nesta Casa que havia um
Projeto de autoria do Ver. Jocelin
Azambuja que fazia com que o telefone celular fosse disciplinado nas Casas de
eventos culturais e artísticos. E agora emendado para o próprio recinto do
Legislativo. Também não se sabia de quando é o Código de Postura da Cidade.
Quem o redigiu, em 1974? Não se sabia se foi João Dib ou José Montauri. Foi
João Dib. Agora vamos legislar, dentro da Lei do Ver. Jocelin Azambuja, para o
Código Nacional de Trânsito que está sendo modificado. Esta Casa não pode
legislar para o veículo utilizar, ou
não o telefone celular. Já está proibido e vai parecer que estamos brincando.
Se, na segunda-feira, nós não sabíamos da existência do Projeto do Ver. Jocelin
Azambuja - eu sabia - na quarta-feira
nós não podemos colocar uma Emenda deste tipo, que compromete esta Casa. É
muito além das “nossas chinelas”. Vou votar favoravelmente ao Projeto do Ver.
Jocelin Azambuja, como foi apresentado, com a Emenda do Ver. Antonio Hohlfeldt.
Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: A Emenda nº 01, que está no
espelho, passa a ser a Emenda nº 03 ao Substitutivo.
A Emenda nº 05 ao Substitutivo do Ver. Nereu D’Ávila acrescenta “será
obrigatório a fixação de cartazes em todos os locais proibidos, alertando da
proibição dos mesmos.”
Emenda nº 05, do Ver. Clovis Ilgenfritz, com a assinatura do Ver.
Guilherme Barbosa.
Emenda nº 04 ao Substitutivo nº 01 acrescenta, ao artigo 85, inciso
VII.
Encerrada a discussão. Em votação o PLCL nº 007/95. O Ver. João Dib
está com a palavra para encaminhar pelo PPB.
O SR. JOÃO DIB: Sr. Presidente e Srs.
Vereadores, aprendi, num Simpósio Nacional de Trânsito, com o ilustre e já
falecido jurista Heleno Fragoso, que, mais importante do que a pena, é a
certeza da punição. Foi feito um bem-pensado Projeto de Lei pelo Ver. Jocelin
Azambuja, que está dentro das atribuições do Município penalizar, mas nós não
podemos penalizar no trânsito, estaremos enfraquecendo o Projeto de Lei. Quero
chamar a atenção para isso, porque passaremos a não respeitar no trânsito e não
respeitaremos no teatro também. Nem na Mesa da Presidência nós iremos
respeitar. Portanto, acho que o Projeto é bom, a Emenda do Ver. Antonio
Hohlfeldt é boa, e devemos aprovar o Substitutivo, que é de autoria do Ver.
Jocelin Azambuja e a Emenda dos Vereadores João Dib e Milton Zuanazzi, que diz
que deve ser fixada, nos locais, a proibição do uso. Mas não nos veículos.
Estaremos enfraquecendo a Lei do Ver. Jocelin Azambuja. Sou contra a Emenda. Muito
obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: O Ver. Clovis Ilgenfritz
está com a palavra para encaminhar pelo Partido dos Trabalhadores.
O SR. CLOVIS ILGENFRITZ: Sr. Presidente e Srs.
Vereadores, com todo o respeito à diligente e experiente posição do Ver. João
Dib, ouso discordar com que não haja condições de legislar sobre esse aspecto
também. E não é que eu só tenha tomado conhecimento do assunto de terça-feira
para cá. Isso também passa a ser rebaixamento da discussão. Tem que haver mais
respeito com relação a isso. Está-se discutindo, aqui, uma coisa que nos
preocupamos há muito tempo e sobre a qual já discutimos. O Ver. Jocelin
Azambuja teve a felicidade de tomar a atitude de fazer a Lei, só que, na última
hora, nós nos damos conta de que faltava esse aspecto. Por isso, estamos
sugerindo aos Srs. Vereadores a aprovação do Substitutivo nº 01. O Projeto,
temos que rejeitar e aprovar as Emendas do Ver. Antonio Hohlfeldt, do Ver.
Nereu D’Ávila e esta Emenda, até porque a consulta que fiz, mesmo que verbal e
rápida, a algumas pessoas que conhecem o assunto, na área de direito, prova que
não há inconstitucionalidade no processo. E, se houver, o Executivo vai vetar e
dar razões da inconstitucionalidade. O pior é não existir, para o Executivo, o
argumento que ele precisa para influir junto à autoridade competente, no caso,
a Brigada Militar, para fazer a fiscalização. Se está no Código Nacional de
Trânsito não tenha dúvidas. Agora, a Brigada não está usando das suas
atribuições para fazer isso. Se o Município tiver uma lei que diga que ele deve
interferir no âmbito da sua jurisdição, ele pode usar deste expediente para
exigir, da autoridade competente, fiscalizadora, que pode ser a Brigada Militar
ou outra.
Era isso, não vejo nenhum rebaixamento no Projeto, a nossa intenção é
melhorá-lo. Se o Ver. João Dib não concorda, a gente respeita. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Com a palavra o Ver. Jocelin
Azambuja para encaminhar.
O SR. JOCELIN AZAMBUJA: Sr. Presidente e Srs.
Vereadores. Só para lembrar-vos Srs. Vereadores que eu peço a rejeição do
Projeto e aprovação do Substitutivo nº 01 das Emendas. Só esta lembrança, pois
o Substitutivo foi uma correção do Projeto, o Substitutivo também é de nossa
autoria.
Então, pela aprovação do Substitutivo e das Emendas, que estão
procurando contribuir com o Projeto, todas elas, respeitando o pensamento de
cada um, e pela rejeição do Projeto.
Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Em votação o Substitutivo nº
01. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
Em votação a Emenda nº 01 ao Substitutivo nº 01. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.
Em votação a Emenda nº 02 ao Substitutivo nº 01. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.
Em votação a Emenda nº 03 ao Substitutivo nº 01. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.
Em votação a Emenda nº 04 ao Substitutivo nº 01. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA, contra os votos
dos Vereadores João Dib e Fernando Záchia.
Em votação a Emenda nº 5 ao Substitutivo nº 1. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.
Em votação a Subemenda nº 1 à Emenda nº 1. (Pausa.) Os Srs. Vereadores
que aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.
Srs. Vereadores, queremos convocar V.Exas. para uma Sessão Especial.
Vamos ler este texto, que é uma deliberação da Presidência desta Casa.
“Srs. Vereadores, esta Presidência, em desconformidade com o Parágrafo
Único do art. 191, do Regimento desta Casa, em combinação com o Inciso II do
mesmo dispositivo, de comum acordo com as Lideranças, convoca Sessão Especial
para tratar do Projeto de Lei do Executivo que institui o Segundo Diretor do
Município de Porto Alegre, dia 13 de novembro de 1996, no Plenário Otávio
Rocha, quando haverá exposições sobre o Projeto interno.
O SR. ANTONIO HOHLFELDT
(Esclarecimento): Eu tenho uma dúvida. V.Exa. está colocando que seria uma Sessão
Especial; não seria uma reunião especial?
O SR. PRESIDENTE: Não, seria uma Sessão
Especial. Eu também tive essa dúvida e busquei um amparo legal, e gostaria que
a Vice-Liderança do PT atentasse para
essa questão, uma vez que não esteve, também, na reunião da manhã. O art. 191,
inciso III do Regimento diz que as Sessões Especiais destinam-se a palestras
relacionadas com interesse público, e o parágrafo diz que serão convocadas de
ofício pelo Presidente ou através de Requerimento de Vereador, aprovado pelo
Plenário. No caso, sendo convocado pelo Presidente, não há necessidade de
aprovação pelo Plenário. Então, fiz questão de fazer a convocação para a Sessão
Especial para tratar do Projeto de Lei do Executivo que institui o II Plano
Diretor do Desenvolvimento urbano e Ambiental do Município de Porto Alegre, no
dia 13 de novembro de 1996, às 19 horas no Plenário Otávio Rocha. Quero
informar, também, que serão convocados todos os segmentos da sociedade
porto-alegrense interessados na discussão deste assunto e haverá uma exposição,
de mais de 20 minutos, do IAB; uma exposição do SINDUSCOM, e uma quarta
exposição da Assessoria Especial da Câmara, que definiria os pontos polêmicos
do Projeto e que serão estabelecidos num consenso com o trabalho da Assessoria
Especial da Casa.
O SR. ANTONIO HOHLFELDT: Sr. Presidente, como não
estive presente, e não é em forma de crítica, em hipótese alguma, gostaria de
lembrar que também seria importante nós termos a participação, já nesse
momento, da OAB.
O SR. PRESIDENTE: Ela será convidada.
O SR. ANTONIO HOHLFELDT: Há aspectos legais, formais.
O SR. PRESIDENTE: A grande verdade é que a OAB
será convidada, mas não temos conhecimento de que ela já tenha um posicionamento,
ou uma avaliação dos aspectos legais. Vai ser convidado o Instituto dos
Advogados do Rio Grande do Sul, que é o órgão que estuda e emite Pareceres
sobre a matéria. Já conversei com o Presidente do Instituto, que me informou
sobre o Departamento de Urbanismo do Instituto dos Advogados do Rio Grande do
Sul.
O SR. NEREU D’ÁVILA (Questão
de Ordem): Pelo
que me consta, Sr. Presidente, foi decidido que o convite, em geral, seria
feito por edital, para que não houvesse um possível esquecimento de alguém ou
de alguma entidade. Aquelas entidades que, segundo me consta, ficou decidido
que elas encaminhariam, fariam exposição além da Câmara; ficariam a Prefeitura,
o IAB, o SINDUSCON, e a Assessoria Especial. Eu creio que essas teriam que ter
convite especial.
O SR. PRESIDENTE: O nosso objetivo é trazer o
máximo de setores ligados e interessados na discussão.
O SR. NEREU D’ÁVILA: Se for por edital, eles
podem não vir.
O SR. PRESIDENTE: Além de termos uma relação
de 50 entidades para as quais vamos encaminhar o convite amanhã, vamos publicar
um convite nos jornais, vamos somar. Se nós temos uma relação de 50 entidades e
200 associações comunitárias, vamos convidar. Agora, somando-se a isso nós
adendaremos um convite nos jornais a todos que estiverem interessados em assistir a essa exposição.
O SR. ANTONIO HOHLFELDT: Sr. Presidente, eu não sei
se estão no rol de entidades a serem convidadas os cursos de Arquitetura da
UNISINOS, da ULBRA, da UFRGS, da PUC, porque alguns de seus estudantes já estão
trabalhando com projeto em sala de aula.
O SR. PRESIDENTE: Sim. Inclusive, para maior
agilização, nesses casos, esta Presidência convidará por telegrama.
O SR. ELÓI GUIMARÃES: Eu gostaria que V. Exa.
incluísse no rol de convidados a Associação dos Procuradores do Município de
Porto Alegre.
O SR. PRESIDENTE: Foi anotado, Ver. Elói
Guimarães, ela pode dar uma contribuição extremamente importante, porque
envolve profissionais cuja especialização na área jurídica, no âmbito do
Direito Municipal - e o plano Diretor é uma matéria fundamentalmente de Direito
Municipal - poderá trazer importantes contribuições extra-estado, porque será a
Associação.
Esta Presidência pede que, se houver mais alguma sugestão, que seja
encaminhada à Diretora Legislativa, Sra. Alceste, ou para os eventuais
Assessores Especiais de Lideranças e de Comissões Permanentes desta Casa.
O SR. JOÃO DIB
(Requerimento): A Casa aprovou, quase que por unanimidade, menos com o voto do Ver.
João Verle, um Requerimento deste Vereador que pedia que o Sr. Prefeito fosse
advertido sobre o ocorrido, instando-o para que impeça a reedição de tais
fatos, ou seja, que ele não deixe de responder aos pedidos de informação no
tempo devido. Eu gostaria, Sr. Presidente, que até sexta-feira este Ofício
estivesse nas mãos do Prefeito.
O SR. PRESIDENTE: A Mesa vai diligenciar
através das suas Diretorias respectivas.
O SR. JOÃO DIB: Eu também gostaria de uma
cópia do mesmo.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
PROC. 2488/94 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº
144/94, de
autoria do Ver. Paulo Brum, que dá nova redação ao artigo 2º da lei 6.002, de
14 de novembro de 1989, que institui o estacionamento pago nas vias públicas da
área central do Município.
Parecer
- da CCJ. Relator Ver. Airto Ferronato: pela
rejeição do Projeto;
- da CEFOR. Relator Ver. Luiz Braz: pela
aprovação do Projeto;
- da CUTHAB. Relator Ver. Clovis Ilgenfritz:
pela aprovação do Projeto;
- da CECE. Relator Ver. Raul Carrion: pela
aprovação do Projeto.
O SR. PRESIDENTE: Em discussão o PLL nº
144/94. Não havendo inscritos para discutir, em votação. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
PROC. 1426/96 - PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO
LEGISLATIVO Nº 011/96, de autoria do Ver. Raul Carrion, que altera a redação do Art. 1º, do
“caput” do Art. 2º e dos §§ 1º e 3º, e acrescenta artigos 3º e 4º à Lei
Complementar nº 136, de 22 de julho de 1986, que dispõe sobre a adoção de
equipamentos de lazer e cultura. Com
Emenda nº 01.
Parecer
- da CCJ. Relator Ver. João Motta: pela
aprovação do Projeto.
Observações:
- para aprovação, voto favorável da maioria absoluta
dos membros da CMPA - Art. 82, § 1º, I, da LOM;
- incluído na ordem do Dia por força do Art. 81 da
LOM.
O SR. PRESIDENTE: Em discussão o PLCL nº
011/96. O Ver. Raul Carrion está com a palavra para discutir.
O SR. RAUL CARRION: Sr. Presidente e Srs.
Vereadores, esse Projeto trata de um
assunto tranqüilo e de interesse para a Cidade. Esse Projeto visa a aperfeiçoar
a Lei Complementar nº 136/86 que criou a adoção de equipamentos do Município.
Ocorre que, naquele momento, a adoção de equipamentos de lazer e de cultura
ficou a cargo, unicamente da SMAM. Posteriormente, foi criada a Secretaria
Municipal de Esportes. Surgiu a necessidade de se atribuir a essa Secretaria e
à FESC, que trabalha com equipamentos de uso social, a possibilidade de
estender a adoção de equipamentos a elas. Esse foi o sentido do Projeto.
Existe uma Emenda do Ver. Antonio Hohlfeldt, que acolhemos, por parecer
a nós que aperfeiçoa o Projeto e estende essa possibilidade à Secretaria
Municipal da Cultura, pela existência, também, de equipamentos sociais que
podem ter essa adoção por parte da SMC.
Por tudo isso esperamos o apoio das Bancadas e o voto dos Senhores
Vereadores. Muito obrigado.
(Revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Encerrada a discussão. Em
votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que aprovam o PLL 011/96. (Pausa.) APROVADO.
Em votação a Emenda nº 1. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que aprovam
permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.
A Mesa consulta se o Presidente da Comissão de Justiça está presente.
Ausente.
O SR. JOÃO DIB (Questão de
Ordem): Se
houver 4 Vereadores da Comissão de Justiça pode continuar.
O SR. PRESIDENTE: A Mesa suspenderá a Sessão
para votar Pareceres das Comissões Conjuntas em relação em relação a projetos
da FESC e DMLU. Convocou o Presidente da Comissão de Justiça, não está
presente, convocou o vice-presidente
Ver. João Motta, não está presente, não há condições.
Vamos verificar os Vereadores que integram a Comissão de Justiça, Ver.
Elói Guimarães. Presente; Fernando Záchia. Presente. Ver. José Valdir.
Presente.
A Mesa, com satisfação, comunica a presença do vice-presidente da
Comissão de Justiça, Ver. João Motta.
A Mesa não recebeu o parecer em relação ao Projeto do DMLU.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
PROC. 2518/95 - PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO
LEGISLATIVO Nº 030/95, de autoria do Ver. Artur Zanella, que dispõe sobre a regularização de
construções no Município de Porto Alegre, e dá outras providências. Com Emenda nº 01.
Parecer
- da CCJ. Relator Ver. José
Valdir: pela aprovação do Projeto e da Emenda nº 01.
Observações:
- para aprovação, voto
favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA -
Art. 82, § 1º, I, da LOM;
- incluído na Ordem do Dia
por força do Art. 81 da LOM.
O SR. PRESIDENTE: Em discussão o PLCL nº
030/95. O Ver. Artur Zanella está com a palavra para discutir.
O SR. ARTUR ZANELLA: Sr. Presidente e Srs.
Vereadores, este Projeto foi apresentado no dia 22 de novembro de 1995, isto é,
há quase um ano. Passou pela Comissão de Justiça com parecer do Ver. José
Valdir, que o aprovou em 22 de agosto de 96, com Emenda do Ver. Airto
Ferronato, que diz o seguinte: “Decorrido o prazo de um ano, a contar da
publicação desta Lei, será promovida a fiscalização, aplicando-se todos os
acréscimos legais previstos na Legislação Municipal ás constatações de
construções irregulares.” Acontece que, cada vez que se faz a regularização de
uma vila - as construções daquela vila, que eram clandestinas - ela se
transforma em regular. Por exemplo, Chácara dos Bancos; na Restinga temos a
Vila Castelo, a Flor da Restinga, a Petinga, Barro Vermelho, a Santa Rita.
Todas as casas dessas vilas citadas são irregulares, e a pessoa quando vai num
local e perguntam para ela se tem o “Habite-se” para uma garantia, esta não
apresenta porque não o tem. Ela pode conseguir
a regularização do seu terreno, pede uma DM, contrata um arquiteto, vai
lá no INPS, consegue uma anotação no CREA e, uns três ou quatro anos depois,
ainda continua enrolada tentando regularizar a sua residência, a sua
churrasqueira, a sua garagem, o seu puxado que fez para a sua família.
Historicamente, Sr. Presidente, Srs. Vereadores, de 10 em 10 anos aparece um
projeto de regularização. Isto ocorreu no Governo Guilherme Socias Vilella e no
Governo do Dr. Alceu Collares, pela Lei nº 135/85. O prazo para as pessoas se apresentarem, Ver. Elói Guimarães, que
foi Secretário do Dr. Collares, era de 60 dias. Ao que consta, entraram com o
Requerimento 47 mil pessoas, 47 mil residências que queriam regularizar-se,
umas conseguiram e outras não, mas
grande parte dessas não foi regularizada, porque não conseguiram entrar, ou a
responsabilidade técnica de lotação do arquiteto tem um número mínimo ou
máximo. Então, Sr. Presidente, Srs. Vereadores, milhares de casas hoje estão
nessa situação. Para regularizar uma garagem, uma churrasqueira, tem que se
tirar uma DM, precisa fazer toda uma estrutura. Então, esse Projeto meu é
praticamente uma cópia da Lei 135/85, do Prefeito Alceu Collares; na época, era
Secretário o Ver. Wilton de Araújo. Colocaram-me diversas vezes que a SMOV tem
pouca gente, a Secretaria do Planejamento tem pouca gente, temos que esperar o
Plano Diretor. Enquanto isso, milhares de pessoas não conseguem registrar o seu
imóvel no Registro de Imóveis, no Cartório. Uma pessoa que comprou uma casa na
Restinga Velha, qualquer casa na restinga, quando vai registrar, não o consegue
fazer no DEMHAB. Por quê? Porque ela tem que regularizar com projetos, com
arquitetos e uma série de coisas. Então esse Projeto Sr. Presidente e Srs.
Vereadores, trata disso. Há um ano, ele perambula por aí, por esta Casa. Eu
pedi, então, o Artigo 81 e estou pedindo, neste exato momento, o adiamento da
votação deste Projeto por duas Sessões para que as Lideranças examinem se nós
vamos regularizar estas milhares de
casas e residências ou vamos deixar como estão. A pessoa trabalha, constrói a
sua casa e não consegue registrar, não consegue Escritura. E, se for do DEMHAB
é pior, não consegue regularizar o seu Contrato. Não tem quitação o seu
contrato. Ele paga 25 anos e não consegue quitação.
Para concluir, estou encaminhando um Requerimento, solicitando o
adiamento por duas Sessões para ver se as Lideranças conseguem entrar num acordo
e votem este Projeto que é essencial para milhares de pessoas, infelizmente a
maioria pobre desta Cidade. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Em votação o Requerimento,
de autoria do Ver. Artur Zanella, solicitando o adiamento de votação, por duas
Sessões do PLCL nº 030/95. (Pausa.) Os
Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
A Mesa informa a V.Exas. que coloca à disposição dos Srs. Vereadores um
rol de todos os Pedidos de Informações que estão pendentes de resposta do Poder
Executivo e todos os Processos em diligência, que também se encontram pendentes
de resposta do Poder Executivo. Estão á disposição dos Srs. Vereadores junto à
Diretoria Administrativa da Casa.
O SR. ARTUR ZANELLA
(Requerimento): Sr. Presidente, não neste rol, eu queria saber se estes pedidos de
Providências não poderiam, eventualmente, ser objeto de um levantamento de
quanto tempo, em média, está demorando a resposta do Pedido de Providência,
mandando o Vereador procurar o Orçamento Participativo para botar lâmpadas.
O SR. PRESIDENTE: A Mesa entendeu plenamente o
Requerimento e como se trata de um Requerimento de natureza administrativa,
defere de plano, determinando à Diretoria Legislativa e Administrativa da Casa
que façam o mesmo levantamento que fez em relação aos Pedidos de Informações
pendentes de resposta. A maior parte desses Pedidos de Informações encontram-se
dentro do prazo e também o rol de processos de diligências que se encontram no
Poder Executivo, o número do ofício, requerente e número do processo. A Mesa já
tem em seu poder o processo da FESC, aguardando o do DMLU.
O SR. ARTUR ZANELLA: Comunico a V.Exa. que já foi
encaminhado, a quem de direito, o Parecer sobre a suplementação do DMLU há uns
30 minutos. Só que até agora não assinei.
O SR. PRESIDENTE: Quero cumprimentar V. Exa.
pela agilidade com que se houve hoje pela manhã quando aqui chegávamos ás 8
horas. Consultei V.Exa. se incubir-se-ia da responsabilidade de prolatar o
Parecer de um dos Processos. Concordou e prontamente, embora tivesse o prazo de
cinco dias, preparou para esta Sessão ainda. Informo que o texto está em
conferência.
Está suspensa a Sessão pelo tempo necessário para o exame dos Pareceres
das Comissões Conjuntas.
(Os trabalhos foram suspensos às 17h21min.)
O SR. PRESIDENTE (às
18h24min): Estão
reabertos os trabalhos.
O SR. JOCELIN AZAMBUJA
(Questão de Ordem): Sr. Presidente, formulei uma Questão de Ordem ao Presidente em exercício da Reunião das Comissões
Conjuntas, que se levantou da mesa e encerrou a Reunião. Eu queria pedir
verificação de votação, porque não
havia quórum suficiente para votarmos e foi feita uma votação simbólica. Mas
não fui atendido e ninguém assumiu a Mesa. V.Exa. está reassumindo os
trabalhos...
O SR. PRESIDENTE: Informo a V.Exa. que os
trabalhos desta Sessão foram suspensos para a realização da Reunião das
Comissões Conjuntas, que pode ser realizada em qualquer sala da Câmara
Municipal. No entanto, a praxe é de, quando a Sessão é interrompida, a reunião
se realizar no recinto do Plenário de trabalhos desta Casa, o que ocorreu. Este
Vereador suspendeu os trabalhos e, agora, os reabriu. V.Exa. está noticiando um
fato que ocorreu no âmbito da Reunião das Comissões Conjuntas. Por isso,
passamos a palavra ao Ver. João Motta, Presidente em exercício da Comissão de
Constituição e Justiça, para relatar o havido.
O SR. JOÃO MOTTA: Ver. Jocelin Azambuja, esta
Presidência em exercício apenas se negou a conceder a Questão de Ordem a V.
Exa., porque já havia dado por encerrados os trabalhos daquela Reunião. Não
poderia eu, sem a devida proteção regimental, reabrir os trabalhos, por que
isso não cabe a mim. Isso caberia à Presidência, razão pela qual passei,
simbolicamente, a presidência dos trabalhos para que retomasse a Sessão normal,
ao Ver. Mário Fraga. Com relação à questão de mérito, levantada pelo Ver.
Jocelin Azambuja, ou seja, a forma como essa Presidência procedeu na coleta dos
votos, de fato foi uma coleta simbólica, eis que para esse Vereador não havia
necessidade regimental de que essa coleta, uma vez feita a chamada nominal dos
Srs. Vereadores, Comissão por Comissão, e o atingimento do quórum legal, de
votação nominal, mas apenas, em ambas as votações, votações simbólicas. Essa
Presidência em exercício entendeu que não havia necessidade regimental, legal
de fazer votação nominal.
O SR. PRESIDENTE: Onde se encontra o Parecer?
O SR. JOÃO MOTTA: Neste momento, com a
Secretaria.
O SR. PRESIDENTE: A Mesa informa que no âmbito
da CCJ houve a coleta de 4 votos em 7; no âmbito da CEFOR há 3 assinaturas, com
a do Relator, havia quórum; na CUTHAB, temos 3 assinaturas: a do Ver. Clovis
Ilgenfritz, a da Vera. Letícia Arruda e do Ver. Lauro Hagemann; o Ver. Mário Fraga não assinou, mas estava presente, há
quórum; o Ver. Pedro Ruas está em licença; o Ver. Luiz Negrinho não está, mas
há quórum; no âmbito da COSMAM, a Presidência está em representação; num quórum
de 4, 3 assinaram, há quórum; não assinou o Ver. Paulo Brum, mas assim mesmo há
quórum. Em todas as Comissões houve a coleta dos votos, do que se presume que
os que assinaram manifestaram simbolicamente o voto no âmbito da Reunião das
Comissões. Evidentemente, os votos estão prolatados. Se não houvesse a coleta
de votos em níveis de quórum nas assinaturas, evidentemente que deveriam estar
presentes os Vereadores para assinar, o que sanaria o problema. Mas como há
esse problema, pois em todas as Comissões já houve manifestações majoritárias,
eu entendo, como Presidente da Casa, que, embora não tenha havido verificação
de votação, a votação dos Vereadores em cada uma das Comissões,
individualmente, já atingiu o limite do quórum necessário. O Ver. João Dib e o
Ver. Antonio Hohlfeldt, que estão presentes, não assinaram ainda. No âmbito da
comissão de Urbanização, o Ver. Mário Fraga está presente. Mas, mesmo que o
Vereador não estivesse, já haveria quórum.
Ver. Jocelin Azambuja, acho que a Mesa esclareceu a V.Exa.
O SR. JOCELIN AZAMBUJA: Sr. Presidente, só para
dizer a V. Exa. que agradeço o seu esclarecimento e lamento a posição do
Presidente em exercício da Comissão Conjunta, pois ele poderia ter prestado
esses esclarecimentos que a Mesa está dando com tranqüilidade e sem necessidade
de sair da Mesa.
O SR. PRESIDENTE: A Mesa quer informar a
Vossas Excelências que será colocado em votação na próxima sexta-feira e os
espelhos serão distribuídos ainda hoje em seus gabinetes.
O SR. JOÃO MOTTA: Sr. Presidente, para um
esclarecimento: reitero ao Ver. Jocelin Azambuja que este Vereador não poderia
ter novamente aberto a palavra a esse Vereador porque já tinha - e podemos até
comprovar nos apanhados taquigráficos - encerrado a Reunião das Comissões.
Seria uma atitude irregular minha, abrir, sem estar protegido pelo Regimento, a
palavra a S. Exa. O seu direito, no tempo, foi protegido com a intervenção
regimental da Presidência que, retomando os trabalhos, concedeu a palavra a S.
Exa. para que encaminhasse a questão de ordem à Mesa, agora sim, legalmente
constituída.
O SR. PRESIDENTE: Esta Presidência registra a
manifestação de V.Exa. Questão de Ordem com o Ver. Luiz Braz.
O SR. LUIZ BRAZ (Questão de
Ordem): Sr.
Presidente, no corredor destes trabalhos eu levantei esta Questão de Ordem com
relação a um dos artigos que, aprovados
dentro da LDO, obriga o Executivo a enviar a esta Casa o projeto de Plano de
Obras. Recebi uma resposta da assessoria de que houve a publicação, apenas, no
dia de hoje. Mas havendo a publicação no dia de hoje, eu acredito que aquele
artigo da LDO está vigendo e tem força, exatamente força de lei. Eu pergunto a V.
Ex.ª qual vai ser a atitude da Mesa com relação a esta parte da LDO que nós
aprovamos e que foi publicada hoje.
O SR. PRESIDENTE: Vai ser a da lei.
O SR. LUIZ BRAZ: Na verdade V. Exa. não
responde a pergunta que faço. A lei foi publicada hoje, está vigendo.
O SR. PRESIDENTE: V. Exa. tem mentalizado o
texto da lei?
O SR. LUIZ BRAZ: O texto da lei diz que o
Executivo fica obrigado a enviar até o dia 1º de novembro o projeto do Plano de
Obras para esta Casa.
O SR. PRESIDENTE: No Orçamento?
O SR. LUIZ BRAZ: Não diz que é no Orçamento.
A LDO diz que até o dia 1º de novembro o Plano de Obras tem que chegar aqui. Só
que esta parte da LDO foi vetada e nós derrubamos o Veto.
O SR. PRESIDENTE: Depois foi promulgada por
este Presidente e publicada no Diário Oficial.
O SR. LUIZ BRAZ: E a publicação foi feita
hoje. Eu gostaria de saber qual é o procedimento.
O SR. PRESIDENTE: Nós vamos ouvir a
Procuradoria da Casa e vamos lhe dar a exegese mais adequada em relação ao
dispositivo invocado por V. Exa.
O SR. ANTONIO HOHLFELDT
(Questão de Ordem): Apenas um registro. V. Ex.a disse que esses dois Projetos de
suplementações serão votados sexta-feira, quando não teremos completado as 48
horas.
O SR. PRESIDENTE: Se V. Exa. ou qualquer
Vereador argüir, nós vamos convocar uma Sessão Extraordinária dentro do prazo,
para votar a matéria.
O SR. ANTONIO HOHLFELDT: Eu não vou argüir Sr.
Presidente, só para registrar que não se completaram as 48 horas.
O SR. PRESIDENTE: A Mesa vai se ater
exatamente à legalidade, e ao interesse público e ao respeito dos
posicionamentos legais dos Srs. Vereadores. A Mesa retorna ao desenvolvimento
dos trabalhos normais da Sessão.
Com a palavra o Ver. Fernando Záchia para verificação de quórum.
(Pausa.) Há quórum para discussão.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
PROC. 0809/96 - PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO
EXECUTIVO Nº 002/96, que acrescenta o inciso V ao artigo 161 da Lei Complementar nº 43, de 21 de julho de 1979 (guaritas de
segurança - construção em áreas de
recuo para ajardinamento).
Pareceres
- da CCJ. Relator Ver. Elói Guimarães: pela
aprovação do Projeto;
- da CEFOR. Relator Ver. Artur Zanella: pela
aprovação do Projeto;
- da CUTHAB. Relator Ver. Clovis Ilgenfritz:
pela aprovação do Projeto;
- da COSMAM. Relatora Verª. Clênia Maranhão:
pela aprovação do Projeto.
Observações:
- para aprovação, voto favorável da maioria absoluta
dos membros da CMPA - Art. 82, § 1º, I, da LOM.
O SR. PRESIDENTE: Em discussão o PLCE nº
002/96.
O SR. JOÃO DIB
(Requerimento): Solicito o adiamento de uma Sessão e votação nominal do Requerimento.
O SR. PRESIDENTE: A Mesa constata a presença
dos Vereadores Raul Carrion, João Dib, Giovani Gregol, Helena Bonumá, José
Valdir, Henrique Fontana, Guilherme Barbosa, Clovis Ilgenfritz, Maria do
Rosário e João Verle.
Não há quórum para votação.
Estão encerrados os trabalhos.
(Encerra-se a Sessão às 18h40min.)
* * * * *